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A Volkswagen abriu um programa de demissão voluntária para os funcionários das unidades de São Bernardo do Campo e Taubaté, interior de São Paulo, como alternativa a uma proposta de redimensionamento de seus negócios no Brasil que enfrenta forte oposição de sindicalistas.
O programa prevê o pagamento de 15 salários mínimos, além de verbas rescisórias normais, para os funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo. Para os empregados de Taubaté, a montadora vai pagar uma "bolsa de estudos" no valor de 80 por cento do salário líquido, limitado ao teto 1.112 reais, por 12 meses.
A proposta surge após quase três semanas de negociações entre a empresa, que identificou excedente de 4 mil empregados (cerca de 16 por cento de seu quadro de funcionários no país), e sindicatos, que defendem a manutenção dos acordos de garantia de emprego até 2006.
Antes da nova oferta, a Volkswagen tinha distribuído cartas comunicando aos 4 mil funcionários suas transferências compulsórias para uma unidade de requalificação profissional a partir de 1o de setembro. Agora, o número de funcionários que aderirem ao PDV será abatido do total de excedentes a serem transferidos.
Os trabalhadores devem votar a nova proposta da empresa na quarta-feira. Na segunda-feira, o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó, declarou em assembléia de funcionários ser contra o plano.
Os sindicalistas queriam que as transferências para unidade de requalificação fosse voluntária e não por indicação. Eles negociaram ainda uma extensão da garantia de emprego até 2009, que não foi aceita pela empresa.
O programa de demissão voluntária começa em 1o de outubro e acaba em dezembro para os funcionários de São Bernardo do Campo e em janeiro para os trabalhadores de Taubaté.
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