É a hora de rever os projetos

 

Opinião - 26/09/2003 - 10:37:10

 

É a hora de rever os projetos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

Os dados demográficos mais recentes do IBGE e da ONU no Brasil e no mundo trazem mais boas que más notícias. A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras está em queda e o ritmo de crescimento da população diminuiu, e já se aproxima dos índices registrados nos países ricos. Os novos dados são positivos tanto do ponto de vista social quanto do econômico, pois, com a população crescendo menos, o risco de proliferação da miséria é menor e, em termos per capita, haverá mais recursos para enfrentar e combater nossas mazelas sociais. Mas, os dois extremos mundiais preocupam: a explosão demográfica, provocada por uma taxa de fecundidade prevista de perto de 5% (!) ameaça perpetuar a miséria na África; já na Europa a diminuição da população, com fecundidade em torno de 1% e crescimento negativo de menos 0,02%, põe em risco a continuidade das atividades econômicas e a sustentação das políticas sociais. O Brasil está hoje em posição muito próxima da América do Norte, com uma taxa de crescimento de 1,9%. E o percentual de mulheres brasileiras que utilizam métodos anticoncepcionais modernos e seguros também é igual à americana, ou seja, em torno de 77%. A curto prazo, a queda da fecundidade e do crescimento populacional trouxe benefícios para a economia, mas ainda não plenamente aproveitados em razão da alta de desemprego: o número de pessoas em idade ativa em relação às inativas cresceu, isto é, há mais gente em condições de trabalhar para ajudar a sustentar quem não pode. Para se ter um parâmetro: em 1992, para cada 100 pessoas em idade ativa, existiam 64 em idade não-ativa (idosos e crianças); em 2000, essa relação está menor, são agora 55 em cada 100. Por isso mesmo surgirão desafios a longo prazo: com menos crianças hoje e com o aumento de expectativa de vida (passou de 66 anos para 68,6 anos de 1991 para 2000), no futuro haverá menos pessoas em idade ativa e mais idosos não-ativos. A proporção de pessoas da população economicamente ativa em relação ao percentual de inativos ainda é maior. O momento é oportuno para planejar e equacionar problemas como a Previdência e a Saúde Pública, pois já se sabe que a população vai envelhecer. Essas mudanças exigirão também redirecionamentos de algumas políticas públicas, como a construção de mais equipamentos e mais atendimentos para a terceira idade. Ela será cada vez maior.

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

Em 1992 para cada 100 pessoas em idade ativa existiam 64 em idade não-ativa; em 2000, essa relação diminuiu para 55 em 100. É o momento para planejar e equacionar novas políticas públicas

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