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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, elogiou na quarta-feira a Indonésia, país muçulmano mais populoso do mundo, por seu apoio na guerra ao terror e disse que os terroristas islâmicos prejudicavam uma das grandes religiões do mundo.
Bush manifestou seu apreço após uma reunião com a presidente Megawati Sukarnoputri e com líderes indonésios muçulmanos críticos às políticas norte-americanas no Oriente Médio.
"Sabemos que o Islã é totalmente compatível com liberdade e tolerância e progresso, porque vemos a prova em seu país e em nosso próprio", disse Bush durante entrevista coletiva em Bali, onde militantes muçulmanos mataram dezenas de pessoas em atentados no ano passado.
"Os terroristas que afirmam ter o Islã como inspiração denigrem uma das maiores fés do mundo. Assassinato não tem lugar em nenhuma tradição religiosa. E não pode ter lugar na Indonésia."
De acordo com autoridades norte-americanas, Bush queria corrigir a visão equivocada de que a guerra ao terrorismo é uma guerra contra o Islã.
Sob forte esquema de segurança, Bush fez uma visita simbólica à ilha onde radicais muçulmanos ligados à rede Al Qaeda mataram 202 pessoas em casas noturnas, em outubro passado.
O presidente parte ainda nesta quarta-feira para Canberra, capital da Austrália, para se reunir com um de seus mais importantes aliados, o primeiro-ministro John Howard.
Depois dos atentados de Bali, que mataram pessoas de mais de 20 países, a Indonésia passou a reprimir militantes islâmicos, principalmente rebeldes do grupo Jemaah Islamiah. O Parlamento também aprovou uma lei antiterror e foram presos mais de 100 militantes.
Em Jacarta, intelectuais muçulmanos e políticos participaram de um protesto pacífico contra a visita de Bush que reuniu cerca de 500 pessoas.
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