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A Sogipa saiu na frente na semifinal do GP Nacional de Judô, ao vencer o São Paulo, em Porto Alegre, por 2 a 0. Com o ginásio lotado, a equipe gaúcha superou o Tricolor por 3 a 2, com os dois confrontos decididos apenas na última luta. Agora, o São Paulo precisa vencer os três últimos confrontos no Morumbi, no dia 8, para chegar à final. A outra semifinal será disputada hoje por Minas Tênis e São Caetano, em Belo Horizonte.
“Hoje éramos invencíveis”, desabafou o meio-leve João Derly, que levou a melhor nos dois encontros como são-paulino Allan Alves. “Estávamos fortes e com essa torcida maravilhosa nos apoiando ficava difícil perder. Agora é partir para garantir a classificação em São Paulo”, continuou o judoca, referindo-se aos quase mil barulhentos torcedores que compareceram ao ginásio com cornetas para incentivar a equipe.
A torcida só deu uma trégua mesmo na hora da homenagem aos campeões olímpicos Rogério Sampaio e Aurélio Miguel, respectivamente técnico e coordenador técnico do São Paulo. “Ah, eu sou gaúcho”, tomava conta da arquibancada. Ao fim dos combates, com a vitória sogipana, o grito de guerra foi substituído por um estrondoso “Ah, eu já sabia!”.
“A pressão agora é nossa. Perdemos lutas em que éramos melhores e isso fez a diferença. Mas não adianta ficar triste agora. Ainda temos chance e queremos vencer em casa. É difícil, mas não impossível”, comentou o técnico Rogério Sampaio, entre um autógrafo e outro ainda no ginásio.
Para o treinador da Sogipa, Kiko Pereira, a luta decisiva foi entre Fabricio Cadore e Diego Barreto, na segunda rodada de combates.
“O Diego é um atleta muito bom, medalha de prata na Universíade. Foi uma vitória muito importante para nós. Depois, com a luta do Derly decidindo, sabíamos que podíamos ganhar, já que nessas horas ele vira fera”, avaliou Kiko.
Edelmar Zanol, que na primeira rodada contra Robson Nunes foi derrotado por pontos, abriu o placar na segunda passagem com um ippon sobre o mesmo adversário. E ainda encontrou tempo para aplaudir a torcida rival, que o vaiava desde o primeiro instante.
“Estive aqui em 1999 e ganhei um campeonato absoluto contra um judoca gaúcho. Desde aquela época eles pegam no meu pé”, justificou Zanol, de 93kg, que encarou Robson com seus 145kg.
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