Arábia Saudita afirma ter evitado ataque da Al Qaeda em Meca

 

Internacional - 04/11/2003 - 09:26:08

 

Arábia Saudita afirma ter evitado ataque da Al Qaeda em Meca

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro do Interior da Arábia Saudita, o príncipe Nayef, disse na terça-feira que seu país frustrou um ataque terrorista contra peregrinos na cidade sagrada de Meca. "Eles queriam fazer do país inteiro um lugar de terror, sem qualquer exceção, e mesmo o lugar mais sagrado da Terra, onde sauditas e não-sauditas vêm para rezar a Deus", disse ele ao jornal Saudi al-Riyadh. Segundo as autoridades sauditas, as forças de segurança mataram dois militantes muçulmanos na segunda-feira e evitaram um iminente ataque terrorista. O incidente aconteceu uma semana após autoridades dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha terem advertido sobre uma ameaça contra alvos ocidentais no reino durante o Ramadã, que começou na segunda-feira passada. Os norte-americanos e britânicos foram aconselhados a evitar viagens à Arábia Saudita. O ministro do interior disse que o reino está levando as advertências a sério e que gostaria de receber informações de autoridades norte-americanas e britânicas que possam ajudar na atuação contra militantes. Nayef declarou ao jornal que policiais sauditas prenderam na segunda-feira seis militantes com suposta ligação com a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, nascido na Arábia Saudita. A polícia prendeu quatro militantes e outros dois se entregaram, disse. Um dos quatro ficou ferido durante o tiroteio. Questionado se os ataques estavam direcionados a prédios, áreas movimentadas e a peregrinos em Meca, Nayef disse: "É exatamente isso. Em Meca há somente muçulmanos de dentro e de fora do país. Não há outras pessoas, a não ser muçulmanos." "Certamente (queriam atingir) prédios, instalações e pessoas. Todas as armas apreendidas indicam planos dessa natureza." O Ramadã é o mês mais sagrado do calendário islâmico, quando os muçulmanos deixam de comer e beber do amanhecer até o anoitecer. Analistas dizem que o fervor religioso do período parece incentivar o extremismo. "Sem dúvida eles pertencem ao mesmo grupo e estão usando os mesmos métodos", disse Nayef, ao ser questionado sobre se os detidos eram da Al Qaeda. A Arábia Saudita vem intensificando suas ações contra militantes leais a Bin Laden, considerado responsável pelos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos -- 15 dos 19 sequestradores dos aviões usados nos ataques tinham nacionalidade saudita. O reino prendeu 600 suspeitos após os atentados suicidas de maio em Riad, que mataram 35 pessoas, incluindo nove norte-americanos. Na ação de segunda-feira a polícia descobriu rifles automáticos, granadas lançadas por foguetes, pistolas, explosivos, munição e passaportes no carro dos suspeitos e na casa onde se escondiam, disse um comunicado saudita. Segundo o jornal Al-Riyadh, quatro detidos são sauditas, um é egípcio e outro, do Chade.

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