O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que fechar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 14 bilhões, é muito importante para o Brasil, porque pela primeira vez o país consegue construir um acordo baseado em crescimento e não para tentar se desvencilhar de uma crise. Como prova, ressaltou, no dia em que foi anunciado o início do acordo, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a indústria crescia 4,3%. Ele concedeu entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo.
O ministro explicou que a equipe econômica está otimista de que o acordo com o FMI será aprovado pelo diretório do organismo internacional. Primeiro, ressaltou o ministro, o acordo será discutido em detalhes com o governo brasileiro e com o presidente Lula, e, depois, vai ao Fundo para ser decidido em dezembro. Só depois da decisão do Fundo é que o acordo poderá ser selado.
Quanto à desvinculação dos investimentos das estatais da conta do superávit primário (receita menos despesa, exceto pagamento de juros), Palocci disse que a área econômica pretende fazer um estudo de longo prazo. Lembrou que a Petrobras já tem certa liberdade nesse sentido.
Lembrou também que cerca de R$ 2,9 bilhões, resultado de superávit, poderá ser investido em obras de saneamento básico, em função de um acordo realizado com o Fundo Monetário Internacional. " O que nos parece é que, se devemos escolher uma prioridade, a área de saneamento que , nos últimos anos, teve muito pouco investimento, que gera empregos, que leva benefícios para as comunidades e tem uma interferência muito positiva na saúde".
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