Militantes muçulmanos planejando ataques na cidade sagrada de Meca esconderam explosivos dentro de cópias do Alcorão, livro sagrado islâmico, para matar e mutilar peregrinos, disse na quarta-feira um jornal de origem saudita.
Segundo o diário Al Awsat, com sede em Londres, fontes de segurança da Arábia Saudita disseram que esse novo tipo de arma foi descoberto em meio a munições encontradas pela polícia em esconderijos de militantes em Meca e em Riad nas últimas semanas.
Supostos militantes da rede Al Qaeda mataram pelo menos 18 pessoas no fim de semana com um carro-bomba em uma área residencial de Riad, onde moram em sua maioria árabes expatriados.
A polícia invadiu esconderijos de militantes na semana passada nas duas cidades e matou dois deles. De acordo com ela, foram encontrados em Meca toneladas de explosivos e lançadores de granadas.
O ministro do Interior, príncipe Nayef gin Abdul Aziz, afirmou que os armamentos seriam usados para atacar peregrinos.
O jornal também disse que os militantes colocaram explosivos em garrafas de água, as quais os peregrinos costumam levar para os lugares sagrados, e planejavam se vestir com roupas de mulher para não levantar suspeita.
As mulheres são obrigadas a usar mantos pretos da cabeça aos pés na Arábia Saudita, especialmente em locais religiosos. Algumas cobrem os rostos.
A Arábia Saudita iniciou uma campanha contra supostos militantes da Al Qaeda após os atentados suicidas de Riad, que mataram 35 pessoas em maio.
Desde então, segundo a imprensa, a polícia encontrou grande quantidade de facões de carne e espadas que, dizem os especialistas, indicam que os militantes pretendiam talhar suas vítimas no mesmo estilo dos radicais islâmicos da Argélia.
|