A empresa norte-americana de telefonia MCI anunciou nesta quarta-feira (12)que pretende vender sua participação na Embratel Participações, mas que vai manter um relacionamento comercial com a operadora brasileira.
A Embratel disse que a decisão da MCI não terá influência em seus serviços, clientes ou estratégia.
"Nós mantemos o compromisso de atender um número crescente de clientes corporativos, governamentais e residenciais ... enquanto aperfeiçoamos a performance da companhia", afirmou o presidente da Embratel, Jorge Rodriguez.
A MCI, que entrou com o maior pedido de proteção contra falência da história corporativa, havia dito anteriormente que iria se desfazer de ativos não-estratégicos enquanto tenta reduzir custos e fortalecer suas operações de telefonia residencial e corporativa no mercado norte-americano.
A empresa, cujo nome jurídico é WorldCom, ainda não identificou um comprador para os quase 52 por cento que detém do capital votante da Embratel. Além disso, é dona de 19,3 por cento das ações preferenciais da companhia brasileira.
A MCI ganhou o controle da Embratel em 1998 por 2,3 bilhões de dólares, na época da privatização do sistema telefônico da Telebras.
"Após uma cuidadosa avaliação, nós determinamos que deveríamos vender nossa participação na Embratel", disse em comunicado o vice-presidente de desenvolvimento corporativo e estratégia da MCI, Jonathan Crane.
"Isso vai permitir às duas companhias se focarem em suas oportunidades estratégicas alinhadas com os principais negócios de cada uma delas", completou. Segundo Crane, a MCI pretende manter uma relação comercial importante e substancial com a Embratel para continuar a atender às demandas de comunicação global dos clientes.
A empresa Lazard LCC and Weil, Gotshal and Manges foi contratada pela MCI para gerenciar o processo de venda da Embratel. "Qualquer transação para vender a parte da MCI (na Embratel) está sujeita à aprovação do Conselho de diretores da MCI e ao aval de autoridades regulatórias", informou a empresa norte-americana em nota.
A Embratel é a maior operadora de telefonia de longa distância do Brasil. A empresa anunciou no final de outubro lucro líquido de 15 milhões de reais no terceiro trimestre, contra prejuízo de 550 milhões de reais um ano antes.
A operadora prevê investimento de até 1 bilhão de reais em 2004, quase o dobro do previsto para este ano. Os recursos serão destinados, principalmente, aos serviços de acesso, telefonia local, transmissão de dados e mercado corporativo.
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