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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse este domingo que só irá promover uma reforma ministerial após o dia 15 dezembro, quando as reformas da Previdência e tributária já deverão estar aprovadas no Congresso.
Pouco antes de deixar a Bolívia, o presidente teve uma rápida conversa com jornalistas a respeito da reforma ministerial.
"A reforma vai ser feita no momento certo. Não se faz reforma de véspera, mas quando se tiver de fazer. Há seis meses eu disse que faria a reforma, mas ela sairá no momento adequado", disse.
Ao ser perguntado sobre o prazo, ele retrucou: "Podem ficar tranqüilos. Todos os ministros são ministros até que eu reúna o ministério e discuta como fazer a mudança. Isso não será de forma precipitada, mas será feito com a mesma tranqüilidade que eu iniciei o ministério há um ano", destacou Lula na saída do hotel Los Tajibos, onde participou da 13ª Cúpula Ibero-americana, em Santa Cruz de la Sierra.
Ele negou que esteja sofrendo pressão dos partidos para efetuar mudanças no mais alto escalão do governo. "Não existe pressão. As pessoas sabem que quem troca ministério e discute com os partidos políticos é o presidente da República. No momento certo as coisas vão acontecer", afirmou.
Sobre o primeiro encontro que teve com o ex-presidente Fernando Henrique desde que se tornou presidente, Lula garantiu que não houve arestas a serem aparadas.
"Foi uma conversa de velhos amigos. Nos conhecemos desde 1977", desconversou ele sobre o encontro com o antecessor.
Fernando Henrique foi convidado à Cúpula para apresentar um documento estratégico, o "Informe Cardoso", encomendado a ele na edição anterior do encontro, quando ainda era presidente.
"Conversamos sobre o Brasil, sobre a vida dele, sobre o que ele anda fazendo. Vamos ver se colocamos o Informe Cardoso em prática até o ano que vem", disse Lula, que chegou à Brasília na madrugada de ontem.
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