A avaliação foi feita pela Fundação Carlos Chagas, por encomenda do Instituto Ayrton Senna, criador de um belo programa chamado Escola Campeã. É uma incoerência. Sem primar pela qualidade do ensino, jamais haverá escola campeã, nem vice e nem classificada conforme as necessidades essenciais da cidadania. Foram pesquisadas escolas municipais em 47 cidades de todos os Estados. Neste universo, apenas 4% das crianças conseguem chegar ao nível 4 da avaliação, ou seja, reconhecem as sílabas e formam palavras e frases com sentido. É um começo desastroso na vida escolar, a ser corrigido o quanto antes. Hoje são constatados problemas de aprendizagem apenas a partir da quarta série, através do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica). Posteriormente os estudantes são testados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Aliás, nos últimos anos, a queda no nível da aprendizagem é uma evidência dos resultados do Saeb, que verifica o desempenho dos alunos da quarta e oitava séries do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. No Enem confirma-se a necessidade de uma cruzada nacional para levantar a qualidade do ensino. O nível está baixo. No último exame a nota média foi 40,6 numa escala de zero a cem. Não é à toa que os estudantes brasileiros ficaram em último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), organizado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Reverter este quadro é providência indispensável para um futuro melhor para o País.
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