O número de incubadoras de empresas aumentou 13% neste ano. Das 71 incubadoras em fase de implantação no país, 22 se localizam na região Nordeste. O estado do Rio de Janeiro apresenta o maior número de implantações, 15, seguido por Rio Grande do Sul, com nove, Alagoas, com oito, e Mato Grosso, com seis. O Rio Grande do Sul tem o maior número de incubadoras, 71, seguido por São Paulo, com 37 e Minas, com 18.
Os dados constam do Panorama 2003 de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos, pesquisa realizada pela Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançada (Anprotec). Foram avaliadas cerca 150 incubadoras no país, o que corres-ponde a 70% do total. As 207 incubadoras brasileiras beneficiaram 3,6 mil empreendimentos, com a geração de 18 mil empregos, somando incubadoras e incubadas. Segundo a Anprotec, a taxa de mortalidade de empresas criadas em incubadoras é de 20%, enquanto entre as empresas que nascem sem apoio esse percentual varia de 15% a 30%”. Para José Eduardo Fiates, presidente da Anprotec, a baixa mortalidade das empresas incubadas se deve, principalmente, ao planejamento antes da criação. “As incubadoras fazem planos de negócios econômicos e merca-dológico. Sem o planejamento, a empresa é criada de forma impulsiva e a oportunidade de negócio não é bem avaliada”, explicou.
O projeto de incubação leva de dois anos e meio a cinco e, depois desse tempo, a empresa trabalha de forma independente. As principais dificuldades na criação da empresa são acesso a informações, crédito e financiamentos, além de abertura de mercado e capacitação técnica. Segundo o presidente da Anprotec, o aumento do número de incubadoras no Brasil deve-se a iniciativas das universidades e do governo, além de ações do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresas (Sebrae). “As incubadoras são uma solução para gerar receita e empregos”, disse Fiates. A maioria das incubadoras brasileiras, 72%, ´funciona em universidades e centros de pesquisa. Para Nilton Pereira Alves, diretor de uma empresa especializada em química e metrologia, a Quimlab, a criação de um empreendimento em ambiente universitário traz benefícios, como o acesso a banco de dados e a pesquisas, além da facilidade do espaço físico e da infra-estrutura, como água, luz, telefone e internet. “Nós pagamos um valor irrisório - R$ 200 - por uma sala de 30 metros quadrados e, nos primeiros dois anos, a única preocupação foi desenvolver nossos produtos”, conta Alves.
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