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Uma maior percepção de melhores oportunidades no mercado está levando o brasileiro a partir com mais confiança para a abertura de novos negócios. Essa é a principal novidade, para o Brasil, de pesquisa feita para medir o grau de empreendedorismo em 31 países. Desde que passou a integrar a pesquisa, o Brasil vem se destacando entre os dez primeiros países empreendedores do mundo. Em 2000, ficou com a primeira colocação, caindo para a 5ª, em 2001, para a 7ª, em 2002, e subindo um ponto (6º lugar) em 2003. Mas a principal novidade da última pesquisa é que a abertura de novos negócios não se dá mais tanto por necessidade, como acontecia até então. Em 2002, o País havia ficado em primeiro lugar em empreendedorismo por necessidade, entre os países pesquisados. Já em 2003 apresentou a terceira maior população empreendedora por oportunidade. Em 2002, a estimativa é que havia no Brasil 14 milhões de empreendedores. Desse total, 56% eram pessoas que perderam o emprego formal, eram subempregados ou nem tinham emprego e tiveram que abrir negócios para sobreviver; e 43% eram empreendedores atentos a novas oportunidades de negócios. Em 2003, o número de empreendedores manteve-se estável. Em contrapartida, foi registrado que os empreendedores por necessidade caíram para 43% . Enquanto isso, o percentual de empreendedores por oportunidades passou para 53%. Ou seja, houve inversão significativa. A pesquisa mostra que ainda há barreiras para o desenvolvimento da atividade empreendedora, e para mudar isso é preciso diminuir a burocracia, aumentar a oferta de crédito, diminuir custos tributários e trabalhistas e melhorar o sistema de informações relativas à abertura e condução dos negócios. A pesquisa constatou também uma prudência dos brasileiros na abertura de novos negócios. O candidato a empresário está menos aventureiro e calculando mais os riscos. Isso se deve ao fato de que em 2003 havia uma elevada expectativa com relação ao primeiro ano do governo Lula. Com a possibilidade de um 2004 mais tranqüilo, os empreendedores brasileiros têm boa chance de fazer o seu negócio dar certo e ajudar o País a voltar a crescer, gerando mais empregos.
Mas, como sempre, o poder público “burrocratiza” para dificultar a vida desses empreendedores. O Brasil também se coloca como um dos piores na condição de facilitar a abertura de empresas.
As barreiras ocorrem em todos os níveis: federal, estadual e municipal.
O brasileiro é empreendedor sim, mas os que governam precisam perceber que a abertura de novas empresas gera receita e empregos e deviam, como em países de primeiro mundo, dar condições menos burocráticas e que incentivem essas novas ações.
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