Uma missão de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega ao País nesta semana para a primeira revisão do novo acordo, assinado em novembro do ano passado. As reuniões com a equipe econômica deverão começar amanhã ou quarta-feira, segundo informação do Fundo. Eles analisarão o cumprimento de metas fixadas para dezembro de 2003. A principal delas, o resultado das contas do setor público, foi cumprida com folga.
O conjunto formado pelos Governos Federal, Estaduais, municipais e empresas estatais deveria ter fechado o ano com uma economia de R$ 65 bilhões, mas o resultado foi superior: R$ 66,2 bilhões. A meta era impedir que a dívida líquida do setor público ultrapassasse os R$ 955,4 bilhões, e a dívida fechou o ano em R$ 913 bilhões. Havia ainda o compromisso de que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não ultrapassasse os 9,5% em 2003. Ela ficou em 9,3%.
Caso os números sejam aprovados, o organismo colocará à disposição do Brasil, em março, uma parcela de aproximadamente US$ 3,4 bilhões do empréstimo total de US$ 14 bilhões acertado para esse novo programa. Ao contrário do que aconteceu durante o ano passado, o Brasil não deverá sacar esse dinheiro. O acordo atualmente em vigor tem caráter preventivo.
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