PL quer mudanças na política economica do país

 

Nacional - 21/05/2004 - 10:30:41

 

PL quer mudanças na política economica do país

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O Partido Liberal divulgou um manifesto no qual reitera a necessidade de mudanças na política econômica do Governo. A carta foi entregue no final da manhã de ontem, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo presidente nacional da sigla, deputado Valdemar Costa Neto (SP). No documento, o Partido afirma que chegou a hora de mudar o rumo da economia para “salvar” o País e defende, entre outros pontos, o controle de capitais de curto prazo. Na carta, com o título “Desenvolvimento e Compromisso Social”, o Partido defende a redução da taxa de juros e o aumento dos gastos públicos em infra-estrutura e programas de geração de empregos e renda. O PL admite que essa guinada na economia poderia causar uma fuga de capitais do país. A legenda, a qual pertence o vice-presidente José Alencar, diz considerar necessária a adoção do controle de capitais de curto prazo, como a cobrança de taxas ou o estabelecimento de prazos para a saída de recursos financeiros, especificamente, dólares, do País. “O PL, que foi parceiro do presidente Lula nas eleições, e quer continuar como um aliado fiel dele, entende que chegou a hora de mudar a política econômica para salvar o Brasil. A crise de desemprego e subemprego no país, que não tem paralelo em nossa história, é uma conseqüência direta da política econômica adotada desde o início do governo passado e aprofundada no atual governo”, diz o manifesto. Nos bastidores, as principais lideranças do PL só consideram viáveis as alterações na economia com as saídas do ministro Antonio Palocci (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. No início do ano, Costa Neto chegou a dizer que o ministro da Fazenda não entendia de economia. RECADO Para o PL, o Governo já deixou claro que cumprirá todas as obrigações com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Bird (Banco Mundial) e outras instituições financeiras, mas precisa dar um recado firme ao mercado e ao mundo. “Nosso recado ao mundo terá de ser: cumpriremos, sim, nossas obrigações; mas faremos isso com aumento de produção, aumento de emprego, aumento de exportações, e não com a redução do consumo interno e o desemprego em massa dos cidadãos brasileiros. Este terá que ser o recado firme às agências multilaterais, notadamente o FMI e o Bird”, afirmou o partido. No final do manifesto, o PL declara que Lula deve contar com o apoio certo do partido e da sociedade para implementar a nova política econômica, e que o presidente “sempre terá o conforto, como nós [partido], sob sua liderança firme de estar fazendo uma política do povo, pelo povo e para o povo brasileiro.”O manifesto entregue a Lula é o resultado do Fórum Nacional para um Projeto de Estado, realizado pelo partido em Brasília no último dia 10 de maio. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou, ontem, que o Brasil fez seu ajuste e reequilibrou a economia sem o controle de capitais externos. Segundo ele, “assim nós vamos prosseguir”. O Partido Liberal divulgou manifesto pedindo mudanças na política econômica do governo e defendendo, entre vários pontos, o controle de capitais de curto prazo. Segundo Palocci, o importante é ter controle da inflação e dos principais indicadores econômicos, que as coisas vão se acomodando de maneira adequada. “O Brasil não precisa forçar processo. É um país produtivo, com dinâmica econômica forte. Nós precisamos é ter segurança de que nós estamos no caminho do crescimento e reforçar esse caminho”, disse. Durante entrevista na portaria do Ministério da Fazenda, Palocci disse que o comportamento da inflação neste ano “está bom, caminhando para as metas”. O ministro não vê sobressaltos na inflação e não vê motivos para tomar medidas a respeito disso.

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