Emocionante. Assim foi a Sessão Solene em homenagem à psicóloga e professora Ilda Batista Dias. Poucos conseguiram deter as lágrimas enquanto esta senhora recebia as honrarias simbolizadas pela medalha João Ramalho, entregue pelo vereador Minami no último dia 15.
“Através dessa pequena homenagem, estamos resgatando a verdadeira cidadania”, anunciou Minami, dando início à solenidade que, pouco tempo depois, em cada palavra proferida provaria o que o vereador afirmara.
Ilda é uma das poucas pessoas que conseguiu provar do bem que o trabalho social é capaz. Desde os 11 anos de idade se engajou nessa luta que, até hoje, nunca cogitou em desistir. “Se eu tivesse que voltar no tempo, e fazer tudo de novo, eu faria”, afirma Ilda.
De seus 55 anos de vida, 44 foram dedicados ao bem do próximo. Uma atitude que Ilda simboliza em uma palavra: ousadia. “Em uma sociedade, existem muitos prisioneiros”, ensina Ilda, fazendo uma analogia ao Mito da Caverna, de Platão. “Mas também existem muitos que ousaram, que assim como eu, não desistiram de lutar em busca de uma sociedade melhor”.
Sessão Solene
Durante a Sessão Solene, Ilda recebeu homenagens dos colaboradores, pais e alunos do Lar e Escola “Jêzue Frantz”, entidade inaugurada por ela em 1987 que, desde então, oferece abrigo, alimentação e educação para crianças e adolescentes carentes.
Também recebeu o carinho de todos da Igreja Pentecostal “Luz Branca”, entidade fundada por ela em 1963, a qual retrata sua devoção religiosa. “Deus nos mostra que somos capazes, aprendi com ele a ser ousada”, reconhece. “Esse carinho que recebi significou a bênção de Deus. Senti uma energia que está dentro da minha alma. Mais que o agradecimento da sociedade, é o agradecimento da vida”.
Antes do encerramento da solenidade, Ilda demonstrou, mais uma vez, porque embasou sua vida no amor, e não nas formalidades. Pediu a todos que se abraçassem, demonstrando o quanto um simples gesto é capaz de unir as pessoas.
|