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A autorização para licitação das obras foi dada pelo governador Geraldo Alckmin na última quarta-feira, dia 19, na Estação Comendador Ermelino Matarazzo. Alckmin embarcou, no trem da CPTM na Estação Engenheiro Goulart e desceu na Estação Ermelino Matarazzo. No trajeto, o governador pôde se certificar da necessidade das obras. “Essa linha não está adequada. A Região Metropolitana tem 270 quilômetros de ferrovia, mas precisamos recuperar a malha”, enfatizou, acrescentando que todos os 49 trens que operam na Linha F serão recuperados. “Vamos arrumar pisos, ventilação e sistemas de segurança”, anunciou. Ele informou ainda que outros dez trens, que atualmente não estão sendo utilizados, também serão reformados e passarão a integrar a Linha F. “Com isso, o intervalo de trens nos horários de pico diminuirá de nove para sete minutos”, observou. De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, até o fim de 2006 devem estar concluídas as construções das Estações Jardim Helena, Jardim Romano e USP Leste, além da reforma das Estações Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista. “As primeiras ordens de serviços deverão ocorrer em janeiro de 2005”, explicou. A previsão é a de que sejam investidos R$ 170 milhões em toda reformulação da Linha. Para a assistente técnica, Maria Aparecida de Souza, 48 anos, que utiliza diariamente os trens da Linha F, essas mudanças atenderão uma reivindicação de 18 anos. “Principalmente nos bairros Jardim Romano e Helena, que cresceram muito, as novas estações são essenciais”, destacou. Alckmin lembrou que o trecho entre as Estações Engenheiro Goulart e Ermelindo Matarazzo tem quase cinco quilômetros. “É uma distância muito longa. Com as novas estações, o trecho entre uma e outra será diminuído para aproximadamente dois quilômetros”, observou. Nos últimos cinco anos, a Linha F ampliou o atendimento aos usuários, passando de 50 mil passageiros transportados por dia para 112 mil. “O intervalo entre os trens nos horários de pico naquela época era de 15 minutos”, recordou o secretário Jurandir Fernandes. Mas Alckmin reforçou que ainda é preciso evoluir mais. “A única solução para melhorar o tráfego na cidade de São Paulo é dar prioridade ao transporte coletivo. A população fica parada horas no trânsito, perdendo qualidade de vida, aumentando o risco de assaltos e inviabilizando a economia”, analisou.
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