A sétima reunião ministerial do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece nesta sexta-feira pela manhã, terá um tom ameno. O presidente debaterá com a equipe os últimos resultados positivos da política econômica, além de fazer um balanço de sua viagem à China na discussão da política externa.
A informação foi dada pelos ministros Guido Mantega (Planejamento) e Eunício Oliveira (Comunicações) durante a posse de Nelson Jobim na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira.
O presidente Lula ouvirá na Granja do Torto uma explanação detalhada de Mantega e do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, sobre os recentes resultados da economia.
"Vamos mostrar que hoje o Brasil possui o maior superávit comercial de sua história. Nós já temos 11 bilhões de dólares de superávit comercial", afirmou Mantega a jornalistas.
O ministro acredita que se o ritmo das exportações continuarem acelerados, o superávit comercial "poderá chegar a 30 bilhões de dólares" este ano, mas ele preferiu cautela ao acrescentar que não "está apostando que seja tudo isso".
Segundo Eunício, Lula deve mudar o tom de cobranças das últimas reuniões ministeriais e, no geral, e fazer elogios à sua equipe.
Oficialmente a perspectiva do governo é que a economia brasileira cresça 3,5 por cento neste ano. O resultado expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que teve expansão de 1,6 por cento sobre os três últimos meses de 2003, animou o presidente e alguns ministros já vislumbram um crescimento de 4 por cento neste ano.
A política externa é outro ponto que estimula o presidente. Seu balanço sobre a viagem à China deve ter o mesmo tom otimista das conversas reservadas que Lula teve com sua comitiva.
De acordo com parlamentares que o acompanharam, o presidente teria destacado que a parceria com os chineses mostra que o Brasil precisa estreitar relações também com Índia, Rússia e África do Sul para reduzir a dependência comercial dos Estados Unidos e União Européia.
Na outra reunião ministerial realizada este ano, Lula cobrou mais empenho para demonstrar que o governo não sofria uma paralisia devido ao desgaste com o escândalo do ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, flagrado em uma gravação cobrando propina de um empresário do jogo.
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