Urubici onde o frio é o mais intenso no Brasil

 

Turismo - 20/06/2004 - 12:41:22

 

Urubici onde o frio é o mais intenso no Brasil

Urubici fica no Parque Nacional de São Joaquim em SC

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Além do frio, que traz a neve todos os anos ao ponto mais alto da cidade, o Morro da Igreja (1822m), ainda há inúmeras atrações como as imponentes serras do Corvo Branco e do Rio do Rastro, a Cascata Rio dos Bugres com 120m de altura, o Canyon do Espraiado, as inscrições rupestres e a simplicidade do povo que vai mostrando mais o costume gaúcho que o catarinense no seu eterno “tomar chimarrão”. Morro da Igreja O Morro da Igreja que fica a 30Km do centro, e é um dos cartões postais da cidade, uma formação rochosa um tanto curiosa, com uma pedra furada em uma montanha e um imenso vale. Ao lado, um posto do projeto Cindacta, soldados protegendo a entrada, dão um ar meio “Área 51” para o local. A altitude é de 1822m e neva em alguns dias dos meses de junho e julho. Serra do Corvo Branco Chegando no ponto mais alto, a estrada cruza dois paredões de 90m, o maior corte vertical feito em rocha no Brasil. O que vem depois? São as mais sinuosas e perigosas curvas que alguém pode ver em uma estrada, 5 km de descidas íngremes prescipícios que fizeram alguns turistas não seguir viagem. Em volta a mais imponente criação da natureza: a serra, cujos picos parecem dentes de tubarão apontandos para o céu. A Santa Catarina açoriana, de Florianópolis, fica pra trás de vez. Se vê mais forte os traços das ascendências alemã e italiana nos rostos e nas casas com pés de limão-rosa carregados, e roseiras, dando o colorido àquele pedaço bege de poeira do Brasil. Serra do Rio do Rastro Além de formar uma paisagem pra lá de surreal, a seqüência de rochas exposta ao longo da estrada, compõe uma formação de grande valor geológico, pois fazia parte do Gondwana - o supercontinente que englobava América do Sul, África, Antártida, Índia, Austrália e parte da Europa, há 650 milhões de anos. Israel White, um dos papas da geologia mundial, provou que a região é composta de fendas com rochas de constituição idêntica às encontradas na África. O geólogo também catalogou um fóssil, uma variação de dinossauro que teria ter vivido na região. Mais Atrações Cânion do Espraiado - Localizado na porção sul de uma imensa área conhecida como Campo dos Padres, é um dos cenários menos conhecidos da Serra Catarinense. As trilhas para se chegar nos mirantes chegam a 1600m de altitude e levam até 9 horas. O acesso é difícil e a melhor alternativa é contratar o serviço das agências locais. Cascata Rio dos Bugres(120m) - acesso por trilha em mata e campos, incluindo travessia de riacho. Média dificuldade. Cachoeira do Avencal(100m) - praticamente ao lado das inscrições rupestres; acesso por caminhada de cerca de 5 minutos. Como chegar De Carro: A partir de Florianópolis, pegue a BR-282 em direção a Bom Retiro. Ao chegar no distrito de Santa Clara, pegue a SC-430 até Urubuci. De ônibus: Para quem estiver de busão a opção é partir de Florianópolis, de onde há saídas diárias para Urubici. A passagem custa R$ 22 e é feita pela viação Reunidas Reunidas Tel: (0xx49) 561-5500/26. Ou no site: www.reunidas.com.br Inscrições rupestres (5Km do centro, estrada para São Joaquim) - estudiosos dizem que datam de mais de 4000 anos. Santa Catarina possue ricos elementos do tipo em Florianópolis (em várias partes da ilha, sobretudo na ilha do Campeche), União da Vitória (na divisa com o Paraná) e em Urubici. A maneira mais prática e econômica de conhecer as atrações é de carro, pois todas são afastadas do centro. Em Florianópolis você pode alugar um por R$ 60 a diária, mas precisará de cartão de crédito e obviamente carta de motorista. Pra quem vai de ônibus a sugestão é levar um pouco a mais de “plata” para os passeios, que variam de R$ 35 a R$ 60 por pessoa. A única agência é a Corvo Branco Expedições (0xx49)278-4596. História: Nação Xokleng Os índios Xokleng, nômades, eram os donos legítimos das florestas que cobriam as encostas das montanhas, as bordas do planalto serrano e os vales litorâneos da região da atual Uribici. Viviam da caça de aves e animais e da coleta de mel, frutos e raízes silvestres, e o pinhão era um dos seus principais recursos alimentares.......Com a chegada do europeu ao Sul do Brasil começou o declínio deste povo que enfrentou bravamente o domínio do seu território. Mas as armas de fogo e a barbárie falaram mais alto e durante o século 19 e começo do século 20 os “bugreiros”, matadores contratados, se encarregaram de eliminar quase completamente do estado de Santa Catarina os verdadeiros donos desta terra: O Povo Xokleng Os primeiros assentamentos em Urubici acontecem no começo do século vinte e com eles começa o Ciclo da Madeira que continuou até 1970 nesta região, onde chegaram a funcionar mais de 40 madeireiras trabalhando noite e dia. Dos enormes pinheirais muito pouco sobrou e ainda pode-se ver algumas toras de mais de um metro de diâmetro que ficaram no chão . Além do extrativismo se desenvolveu a cultura do gado nas fazendas dos Campos de Santa Bárbara e Pericó. Paralelamente, com os primeiros imigrantes italianos, alemães e letos começaram os cultivos de hortaliças e frutas no Vale do Rio Canoas. O nome da cidade vem dos primeiros portugueses que chegaram às terras onde hoje é Urubici, Manoel Saturnino de Souza Oliveira e José Saturnino de Oliveira. Acompanhados de índios, um deles ao avistar uma ave típica da região teria apontado e dito “Urubici” (pássaro lustroso). Outra versão conta que um rio teria tal nome. Urubici só se tornou cidade em 1956, antes era distrito de São Joaquim. Urubici hoje é forte produtora de hortaliças e ao lado de São Joaquim disputa o título de cidade mais fria do Brasil. A cidade tem uma área urbana de 10,5Km² e rural de 992,5Km². A população masculina é de 10.252 habitantes e feminina de 5.136, de acordo com dados da prefeitura do município. A mesma fonte cita um fato curioso: a cidade tem coleta de lixo a cada três dias e todo ele é depositado em um aterro próximo à Cachoeira do Avencal.

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