Aliados se mobilizam para votar mínimo na Câmara

 

Nacional - 22/06/2004 - 11:42:34

 

Aliados se mobilizam para votar mínimo na Câmara

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Da Redação com agências Começou ontem a mobilização política em torno da votação do salário mínimo na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), promoverá um jantar às 21h para definir a estratégia de votação. Todos os líderes da base aliada foram convidados, mais os ministros que fazem a articulação do governo no Congresso. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informou que a primeira sessão plenária para tratar do assunto está marcada para amanhã (22), às 9h, com a leitura do parecer do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), seguida de pronunciamentos dos parlamentares sobre o tema - a chamada discussão da matéria. A votação propriamente dita só deverá ocorrer após às 16h, quando começará a Ordem do Dia. As bancadas se reunirão também amanhã para discutir o assunto e "afinar" o discurso visando a votação em plenário. Para assegurar o mínimo de R$ 260,00, o governo conta com os votos de sua base composta por 326 parlamentares. Na primeira votação na Câmara, o governo conseguiu reunir 266 votos de apoio e contou com dissidências dentro do próprio PT, com 5 votos contrários e 5 abstenções. A oposição formada por PFL, PSDB, PCdoB e Prona conta com 128 deputados, número que reunido às dissidências é capaz de assegurar a aprovação do reajuste de R$ 275, votado na semana mapassada, pelo Senado. O governo precisa de, no mínimo, 130 votos contrários a essa proposta. A base aliada pode ter dificuldades em reunir quórum. Os 151 parlamentares que compõem a bancada nordestina, que tradicionalmente vota com o governo, podem esvaziar a sessão. Eles já têm passagens marcadas para as comemorações das festas juninas em seus Estados. Segundo o coordenador da bancada, Roberto Pessoa (PV-CE), "é quase impossível ter algum parlamentar nesta terça-feira". A ausência maior deve ser de representantes de Pernambuco, Bahia e Paraíba, onde as festas juninas constituem acontecimentos importantes do calendário cultural. De acordo com o líder do PSB, Renato Casagrande (ES), um dos aliados, o encontro de hoje, na casa do presidente da Câmara, servirá para combinar algumas ações conjuntas dos partidos para assegurar o processo de votação. Ele lembrou que ainda é cedo para garantir como os partidos se comportarão durante a votação. "Na primeira votação, os líderes conseguiram reunir a maioria para aprovar R$ 260,00. Nesta segunda votação é diferente", observou. O parlamentar não quis adiantar se a bancada do PSB deve votar com o governo. Segundo ele, o partido deve se reunir amanhã (22) para fechar questão. "Não tenho ainda condições de dizer qual é a posição da bancada. Mas vamos discutir esse assunto com a responsabilidade de quem é parte da base aliada do governo", declarou Casagrande. Na avaliação do presidente da Câmara, a tendência é de que os deputados mantenham o valor inicialmente aprovado pela Casa, de R$ 260,00. O item tem prioridade na pauta do plenário. De sua votação depende a apreciação de outros projetos durante a prorrogação dos trabalhos legislativos até 8 de julho. João Paulo acredita em vitória do Governo O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse acreditar que os deputados irão votar a favor do mínimo de R$ 260 e que todos os projetos da agenda econômica serão votados até o início do recesso de julho. Ainda disse que há falta de articulação política e atribui a queda de popularidade do Governo ao aumento nas dificuldades do mesmo em aprovar projetos. No entanto, prevê uma grande vitória eleitoral do PT nas eleições municipais de outubro. Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo, João Paulo disse que não ressuscitará a pauta sobre a reeleição aos cargos de presidente da Câmara e do Senado.

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