A desordem do sono envolve atividades motoras complexas. O sonambulismo é comum na infância, diminuendo progressivamente na adolescencia. Um pequeno grupo persiste com o sonambulismo até a idade adulta. Usualmente inicia-se nas primeiras horas de sono, e sua duração é variável, desde poucos segundos até vários minutos.
O comportamento do paciente é variável, mas simples, podendo sentar, olhar ao redor com face apática, levantar e andar pelo quarto, chegando mesmo a sair para outros cômodos, descer escadas e abrir portas e janelas.
Raramente apresenta comportamento mais complexo como trocar de roupa ou urinar. Adultos durante episódios de sonambulismo, tendem a apresentar movimentos mais bruscos e violentos que as crianças, chegando a se ferir.
CAUSAS:
Freqüentemente existe uma história familiar. Existe a hipótese de ser uma doença hereditária. O sonambulismo começa na primeira infância e desaparece quando a criança fica mais velha. Quinze ( 15%) das crianças normais entre a idade de 5 e 15 anos apresentam esse distúrbio.
DIAGNÓSTICO:
Estudos do sono são raramente necessários para se fazer o diagnóstico. Se o episódio de caminhar dormindo ocorre com freqüência, o médico deve realizar um exame para ver se alguma outra condição está agravando o problema. Um exame psicológico deve ser sugerido se o stress e a ansiedade estão associadas ao problema.
TRATAMENTO:
Durante o episódio de sonambulismo, é necessário cuidado dos familiares tomando condutas para evitar acidentes, como fechar janelas e passagens para escadas, além de retirar objetos cortantes. As crianças com sonambulismo usualmente deixam de apresentá-la depois de alguns anos, espontaneamente, sem que necessitem de tratamento.
Na infância, a terapêutica medicamentosa geralmente não é utilizada. Nos adultos, pelo contrário, cujo sonambulismo é intenso, violento, repetitivo ou prolongado, medicamentos podem ser utilizados.
SAIBA MAIS…
TERROR NOTURNO: O terror noturno é comum em cerca de 3%a das crianças, principalmente em meninos. Caracteriza-se com o despertar da criança assustada e com medo, pálida, transpirando abundantemente e logo depois, volta a dormir. Na manhã seguinte, a criança não se lembra do ocorrido. Em geral esses terrores ocorrem durante o sono profundo. Na maioria dos casos, o terror noturno desaparece com o crescimento, não necessitando de tratamento.
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