Países pobres se juntam para derrubar barreiras técnicas que prejudicam exportações

 

Economia - 26/06/2004 - 21:38:09

 

Países pobres se juntam para derrubar barreiras técnicas que prejudicam exportações

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Mais do que as polêmicas questões tarifárias, o que dificulta a inserção no mercado globalizado é a capacidade tecnológica de certificação dos produtos que envolvem as barreiras ambientais.

Mais do que as polêmicas questões tarifárias, o que dificulta a inserção no mercado globalizado é a capacidade tecnológica de certificação dos produtos que envolvem as barreiras ambientais.

Essas barreiras afetam, principalmente, os ítens menos sofisticados e mais expressivos da pauta de exportação dos países em desenvolvimento. Exemplo disso são os alimentos, frutas, madeiras e móveis, reventindo-se em um “drama” a ser enfrentado, sobretudo, pelos pequenos e médios empresários.  Foi o que argumentou  o coordenador geral de Articulação Internacional do Instituto Nacional de Metro-logia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Paulo Ferracioli, na palestra de encerramento dos painéis debatidos em paralelo à 11ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). “Cada vez mais constata-se que as exportações para os países desenvolvidos dependem menos da questão tarifária e mais de um série de exigências técnicas que os produtos tem que cumprir”, disse Ferracioli, avaliando como um dos resultados mais importantes desse encontro da Unctad, o estabelecimento da Força-Tarefa Mundial, formada por 75 países entre os quais estão além do Brasil, a Índia, China e Holanda. O que se busca é estabelecer um processo de divulgação sobre as exigências dos vários mercados e tornar as trocas de mercadorias menos complexas no que se refere às barreiras ambientais. “Se não nos debruçarmos sobre essas questões não seremos competitivos”, defendeu. Ferracioli explicou que com relação a madeira, por exemplo, cada vez mais há consumidores exigentes e ações de Organizações Não Governamentais (ONGs) atentas para que não haja a devastação das florestas nativas e, por isso, há que se comprovar que o produto é resultante de manejo florestal. E não é só em referência a madeira, mas a móveis entre outros. Diante disso, justificou a necessidade de investimentos em metrologia química, que faz parte do conjunto de prioridades definidas na política industrial, envolvendo investimentos estimados em cerca de R$ 200 milhões, a serem aplicados nos próximos três anos. “Cada vez mais esses mercados exigem que se verifique, por exemplo, resíduos de pesticidas, liberação de formaldeído por placas de madeira, e ensaios para produtos químicos. São todos produtos que o Brasil exporta e se não tivermos capacidade de executar as medidas com precisão o país não conseguirá penetrar nesses mercados”, advertiu. A idéia é distribuir melhor regionalmente, a disponibilização dos laboratórios credenciados para essa certificação. Hoje, a maioria se concentra nas regiões Sul e Sudeste, sendo 86 só em São Paulo, outros 33, no Rio de Janeiro, e 13 no Rio Grande do Sul. Ferracioli observou que ampliar o número de laboratórios, no nordeste, por exemplo, ajudaria os exportadores de frutas. Na Bahia existem apenas três laboratórios, na Paraíba, um, em Pernambuco, dois, e no Rio Grande do Norte, um. Por meio da rede mundial em criação, segundo ele, será possível disseminar alertas nesses sentido. Segundo Ferracioli, o Inmetro desenvolve material de referência para dar apoio aos exportadores de cachaça, um dos ítens que tem crescido na pauta de exportação. Só que muitos países consumidores querem ter a certeza de que não há na bebida qualquer composto sucetível ao desevol-vimento de substâncias cancerígenas ou que faça mal ao fígado. Ele salientou que com a criação do selo europeu “Eurepgap”, que estabelece princípios de exigências em torno da certificação de qualidade, normas técnicas de produdção e de proteção ao meio ambiente, as exportações de frutas para aquele continente ficaram prejudicadas.  Ferracioli também recomenda aos interessados nos serviços prestados pelo Inmetro ou em orientações e detalhes técnicos em desenvolvimento, que acessem o site www.inmetro.gov.br. Nesse endereço eletrônico poderão, por exemplo, serem coletadas informações referentes às exigências técnicas impostas em todos os países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Mais do que as polêmicas questões tarifárias, o que dificulta a inserção no mercado globalizado é a capacidade tecnológica de certificação dos produtos que envolvem as barreiras ambientais.

Mais do que as polêmicas questões tarifárias, o que dificulta a inserção no mercado globalizado é a capacidade tecnológica de certificação dos produtos que envolvem as barreiras ambientais.

Mais do que as polêmicas questões tarifárias, o que dificulta a inserção no mercado globalizado é a capacidade tecnológica de certificação dos produtos que envolvem as barreiras ambientais.

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