Porto Seguro na Bahia, festa o ano inteiro no local conhecido como berço do Brasil

 

Turismo - 25/07/2004 - 11:55:28

 

Porto Seguro na Bahia, festa o ano inteiro no local conhecido como berço do Brasil

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Porto Seguro é considerada Patrimônio Histórico Nacional desde 1976. Com belas praias repletas de barracas, bares e restaurantes, a cidade fica no extremo sul da Bahia, a 700 quilômetros da capital - Salvador -, e tem suas atividades econômicas baseadas no turismo, extração vegetal, agricultura, pecuária e pesca. A diversão vai desde um roteiro histórico e cultural até passeios mais agitados, tanto durante o dia, quando o lazer náutico é praticado, como à noite, quando os bares da orla, barracas de ruas e restaurantes de diversos tipos de culinária lotam. A chamada “Passarela do Álcool” tem várias barracas em uma mesma rua e é um dos points mais agitados da noite. Na orla, acontece o famoso “Reggae Night”, com música ao vivo, em vários dias da semana. Se em Porto Seguro existe festa todas as noites do ano, no Carnaval e no verão a cidade simplesmente vai à loucura. A Passarela do Álcool fica lotada de blocos, trios elétricos e bandas, que se apresentam em meio à festa que domina a cidade. Se o Carnaval em todo o país acaba na Quarta-feira de Cinzas, em Porto Seguro a data é apenas o marco de uma nova festa: o Carnaporto, o Carnaval prolongado de Porto Seguro. Marco do Descobrimento O monumento marca a chegada dos portugueses ao Brasil. No entanto, sua origem é incerta: o Marco do Descobrimento teria sido deixado por integrantes da expedição de Duarte Coelho, em 1503, ou por Pero Campos de Tourinho, em 1534, com a finalidade de delimitar seu território. O Marco do Descobrimento fica na Praça Pero Campos de Tourinho, na Cidade Alta, exposto ao ar livre. O monumento representa o início da história do país, porém mantém mistérios quanto a sua origem. Mais informações: Endereço: Praça Pero Campos de Tourinho - Cidade Alta. Matriz Nossa Senhora da Pena A igreja Matriz de Nossa Senhora da Pena começou a ser levantada em 1730, mas só teve sua obra finalizada depois de 1773. Localizada na Praça Pero Campos de Tourinho, na Cidade Alta de Porto Seguro, a matriz ainda mantém a arquitetura dos séculos XVIII e XIX. O local abriga ainda a imagem de São Francisco de Assis do século XVI, a mais antiga do Brasil. A imagem veio de uma igreja já deteriorada. O estilo rococó, manifestação do movimento barroco, está presente na construção, principalmente nos altares. Mais informações: Endereço: Praça Pero Campos de Tourinho - Cidade Alta Horário: Segunda à sexta, das 9h às 12h e das 14 às 18h Fortim Com o objetivo de proteger a barra do porto da presença de inimigos, o Fortim foi construído no século XVII, na encosta da cidade histórica. As  ruínas fazem do local uma ótima paisagem para fotos e visita indispensável numa tour pela cidade.  Além do Fortim, tropas e navios foram preparados para defender a costa  devido ao fracasso das capitanias, em 1549. O local foi levantado pouco depois da instalação do governo geral de Diogo Menezes, que protegendo a região, contribuiu para a colonização. Mais informações: Endereço: Encosta da cidade histórica. Praias A grande atração de Porto Seguro, ao lado da vida noturna, é, sem dúvida, o litoral. A Costa do Descobrimento esconde maravilhas naturais e praias desertas, repletas de falésias, piscinas naturais em recifes de corais, areia clara e todo o necessário para uma viagem cheia de aventuras e descanso. O turista, no entanto, não deve se enganar: embora as praias da cidade de Porto Seguro sejam animadas, elas já estão mais desgastadas e não têm a mesma beleza que as outras praias da Costa do Descobrimento. Para chegar a estas praias, porém, o turista deve ter uma certa dose de paciência e enfrentar alguns quilômetros de estrada de terra. Pelas praias ao norte da cidade, espalham-se as grandes cadeias de hotéis à beira-mar e também acontecem os famosos luaus de Porto Seguro. Quem se arrisca e segue mais ao sul, começa a ver praias exóticas, com coqueiros e recifes de corais que, quando a maré baixa, formam verdadeiras piscinas naturais. As melhores praias desta região são as de Arraial D’Ajuda. Ao sul de Porto Seguro ficam ainda as praias de Trancoso, Cumuruxatiba ou Caraíva. Nestas praias existem as grandes mansões de artistas famosos, há redutos de naturalistas - perto da praia de Pedra Grande - e a natureza realmente vale a pena a viagem. Vida Noturna Ao lado das belezas naturais da Costa do Descobrimento, que fazem a alegria dos turistas durante o dia, a vida noturna de Porto Seguro transforma a cidade em um dos locais mais procurados pelos jovens de todo o País. Começando pouco antes das 18h, a agitação se concentra primeiro na Passarela do Álcool (nome pelo qual ficou conhecida a Avenida Portugal), onde se concentram bares, restaurantes e barracas de bebidas. A cada estação surgem novos drinks que têm em comum apenas o altíssimo nível alcóolico, mas a bebida que se mantém imbatível há tempos é o Capeta. Além dele, existem outras com nomes ainda mais sugestivos como Orgasmo, Beijo na Boca, Tira Chifre e muitas outras. Ainda na Passarela do Álcool é possível escutar música popular brasileira e comer pratos típicos da região, como moqueca, e também pratos da cozinha internacional. Existem também camelôs e pequenas lojas de artesanato que vendem de roupas a lembranças da cidade. A Passarela do Álcool, no entanto, tem hora para fechar. Perto da meia-noite, a diversão começa a se mudar para as barracas na praia, que de barracas só têm o nome. São na verdade grandes danceterias, como a Axé Moi, com mais de 25 mil metros quadrados. Estas barracas promovem luaus e, claro, concentram suas atividades no Axé Music, que a cada ano tem coreografias e sucessos diferentes - e sempre sensuais. Para os que não gostam de “segurar o tchan”, porém, as barracas costumam reservar alguns ambientes onde se ouve MPB, pagode e outros ritmos. Terra à vista – enfim um Porto Seguro Era o início do reinado de D. Manoel I, entre 9 de março e 22 de Abril de 1500, quando, apoiados na letra do Tratado de Tordesilhas, cerca de mil e quinhentos portugueses atravessaram o Atlântico, embarcados em 9 naus, três caravelas e uma pequena nave de mantimentos. Era a Segunda armada da Índia, a maior que alguma vez saíra de Portugal a caminho do mundo. Havia zarpado do Tejo por entre exclamações e lágrimas com 13 navios, mas a 23 de março, nas águas calmas, mas enevoadas de Cabo Verde uma das naus desapareceu sem deixar rastro.  Em 22 de abril de 1500, depois de 42 dias de viagens, a frota de Pedro Álvares Cabral vislumbrava terra – mais com alívio e prazer do que com surpresa ou espanto. Segundo o testemunho do escrivão Pero Vaz de Caminha, naquela tarde de 22 de Abril “os nossos toparam um grande monte, mui alto e redondo ao qual monte alto o capitão pôs o nome Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera Cruz.” Pedro Álvares Cabral, o comandante, mandou fundear a armada a cerca de 19 milhas de terra, um pouco a norte do parque de Monte Pascoal, entre a pontas de Itaquena e Itapiroca, em frente à Barra do Rio dos Frades.  No dia seguinte, 23 de abril, iniciaram-se as sondagens do leito marinho, vindo alguns navios ancorar em frente à grandiosa Mata Atlântica. Muito provavelmente o capitão Nicolau Coelho terá sido o primeiro português a pôr pé no novo continente e a se comunicar com um pequeno grupo de índios tupiniquins que apareceu na praia.  Nos nove dias que se seguiram, nas enseadas generosas da Bahia, os 12 navios da maior armada já enviada às Índias pela rota descoberta por Vasco da Gama permaneceriam reconhecendo a nova terra e seus habitantes. O primeiro contato, amistoso com os demais, deu-se já no dia seguinte, quinta-feira, 23 de abril. O capitão Nicolau Coelho, veterano das Índias e companheiro de Gama, foi à terra, em um batel, e deparou com 18 homens “pardos, nus, com arcos e setas nas mãos”. Coelho deu-lhes um gorro vermelho, uma carapuça de linho e um sombreiro preto. Em troca, recebeu um cocar de plumas e um colar de contas brancas. O Brasil, batizado Ilha de Vera Cruz, entrava, naquele instante, no curso da História.  Foi justamente no município de Cabrália, na Coroa Vermelha, que Frei Henrique de Coimbra celebrou a primeira missa, que continua a ser orgulhosamente relembrada por brancos e índios em cada ano que passa.

Links

...Continue Lendo...

...Continue Lendo...

Vídeo