Dói quando seu programa preferido é cancelado. Principalmente quando é uma atração que já faz parte de seu cotidiano. A novela favorita, ou uma série que se acompanha há anos. Mas dói mais ainda quando esse programa começa a ser esticado além da conta, a ser deformado, para capitalizar os pontos de audiência. E pode ser esse destino infeliz que começa a se traçar no horizonte de C.S.I., a mais bem sucedida série dramática americana da atualidade. Às portas da estréia da quinta temporada, dois dos principais atores foram demitidos depois de uma tentativa forçada de negociação salarial. A notícia da saída de George Eads e Jorja Fox (que interpretam Nick Stokes e Sara Sidle) vem logo após a produção da terceira franquia da série, a C.S.I. Nova York. O lançamento dessas franquias, embora com resultados de audiência surpreendentemente bons, apenas desgastam a produção original. O principal ator da série, William Petersen, que interpreta Gil Grissom, já se posicionou abertamente contra as filiais de seu programa, e também contra a demissão dos colegas. E é aí que C.S.I. corre o mais grave risco. Grissom é a alma do programa, e o ator que o interpreta já avisou que assim que acabar seu contrato vai abandonar a série, por não concordar com a perpetuação forçada do sucesso. Pode ser uma chance de cancelar o programa enquanto ele ainda está no auge. Mas as dicas dadas pela CBS (responsável pela produção) com o lançamento da nova franquia e a demisão dos atores apontam para uma longa e feia agonia.
A atriz Jorja Fox, que vive a policial forense Sara Sidle no seriado CSI, foi recontratada pela rede norte-americana CBS. Ela havia sido demitida na semana passada por ter pedido um aumento em seu salário. De acordo com uma fonte ligada à CBS, e ouvida pela Associated Press, Jorja e a emissora chegaram a um acordo.
Já George Eads, que trabalhava na mesma série e foi demitido no mesmo dia por motivos semelhantes, ainda não voltou ao elenco. No começo da semana, Eads declarou publicamente que faltou à gravação por ter dormido demais e não por questões salariais. Para a fonte que permaneceu anônima, as portas entre a CBS e Eads estão abertas para um acordo. Estima-se que Eads e Fox ganhem cerca de US$ 100 mil por cada capítulo do seriado.
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