Após uma bem sucedida operação, ocorrida em 20 de fevereiro, envolvendo integrantes da Policia Militar Ambiental, Guarda Civil Municipal, Prefeitura, Departamento Estadual do Uso de Solo Metropolitano (Dusm), Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e Eletropaulo, 30 barracas que funcionavam irregularmente na prainha do Jardim Nova Canaã, no Jardim da Represa, em São Bernardo foram derrubadas. Os comerciantes, que freqüentemente reuniam cerca de cinco mil pessoas nos finais de semana, devem ser indiciados por crime ambiental pelo Ministério Público da cidade.
Na operação, que começou às 8h e se estendeu por todo o dia, três pessoas foram indiciadas por furto de energia e uma foi presa por caça de animais silvestres.
Uma das primeiras ações executas no local foi o corte de energia nas barracas feito por técnicos da Eletropaulo. Em seguida, máquinas da prefeitura deram início ao trabalho de desfazimento das estruturas de madeira e outras de alvenaria. Depois, alguns tipos de madeira foram queimadas e os demais materiais como fios elétricos e metais foram apreendidos.
O principal motivo da operação é que as barracas estavam instaladas numa área a menos de 50 metros da margem da represa, onde nada pode ser construído por se tratar de um espaço de proteção permanente. “Além do desmatamento e do lixo espalhado pelo local, todo o esgoto gerado pelas barracas eram despejados diretamente na represa”, disse o chefe da Divisão de Controle Ambiental da Prefeitura, Roberto Tokuzumi.
De acordo com informações da Polícia Militar problemas com tráfico de drogas e prostituição também eram comum no local.
Para impedir a entrada de veículos e ocupação do espaço, tubos de concreto foram colocados nos dois pontos de acesso na prainha do Canaã.
Recuperação Ambiental – O próximo passo a ser dado pela Prefeitura de São Bernardo em conjunto com a comunidade local e Organizações Não Governamentais (ONG’s) será o trabalho de recuperação ambiental do espaço. Além de fiscalizar a área para que não sejam instaladas novas barracas, a comunidade estará envolvida em ações ligadas ao projeto urbanístico a ser executado. A medida faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que envolve a Prefeitura, comunidade, ONG’s e Ministério Público, assinado em dezembro de 2002.
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