O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), anunciou ontem que vai encaminhar ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e ao Ministério da Defesa requerimento de informações para saber se o grupo de 15 amigos de Luiz Cláudio, o filho mais novo do presidente Lula, que passou férias em Brasília no ano passado usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e passeou em lancha da Marinha no Lago Paranoá. Agripino Maia disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está sabendo separar o público do privado.
O senador disse que, se for confirmado que o grupo usou avião e lancha do Governo, pedirá ressarcimento das despesas para os cofres públicos. O senador afirmou que quer a identificação do avião e da embarcação que aparecem nas fotos divulgadas na internet sobre as férias em julho passadas no Palácio da Alvorada. Agripino disse que enviará o requerimento ao Gabinete de Segurança Institucional porque ser este o setor responsável pela movimentação dos aviões a serviço da Presidência da República e pela própria segurança do presidente e de sua família.
"Se eles viajaram em avião da FAB e passearam de lancha da Marinha, terão que devolver o dinheiro das despesas ao erário público. O Governo existe para dar o exemplo. Ou o Governo não está percebendo o que está ocorrendo, ou está pouco se lixando", disse Agripino Maia.
O senador lembrou que já houve outros casos polêmicos, como a plantação de um canteiro de flores em forma de estrela e vermelho - o símbolo do PT - em pleno jardim do Palácio da Alvorada. Em outro momento, um dos filhos de Lula o acompanhou em viagem oficial a Nova Iorque (EUA). "É preciso dar um basta nisso. O dolo não está em levar pessoas para passear e sim em usar veículos públicos para isso. Usar aeronave e lancha do Governo, haja paciência. É dever da oposição fiscalizar", disse o senador.
O PFL pretende conseguir o apoio de outros parlamentares para o requerimento. Ontem, o Palácio do Planalto continuou sem se manifestar sobre o assunto. Sequer deu informação se os colegas do filho do presidente usaram ou não o avião oficial para passear férias em Brasília.
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