Severino Cavalcanti passou décadas fazendo política sem ser notado. Perfil conservador, viveu longos anos disputando cargos e pequenos favores políticos. Líder do chamado “baixo clero” da Câmara, dedica boa parte de sua atividade parlamentar a questões corporativistas, como a defesa de aumentos salariais para si e seus colegas.
Ele registrou suas metas de governo em cartório e diz que é possível cumprir suas promessas sem aumento de custos. “Quando fui secretário, economizei R$ 90 milhões para esta Casa”, disse. Entre suas propostas está a criação da comissão do antidesperdício.
Aos 74 anos, Cavalcanti nasceu em João Alfredo, um município de 30 mil habitantes no Agreste pernambucano. Seu primeiro cargo público foi o de prefeito da cidade, eleito pela UDN em 1964. Passou pela Arena, PDS, PDC, PL, PFL e PP. Em 1980 liderou, como deputado estadual, o movimento pela expulsão do padre italiano Vito Miracapillo do país - que se recusara a celebrar uma missa pela Independência do Brasil, sob o argumento de que o país não era independente.
Cavalcanti é católico fervoroso e pautou seus dois mandatos anteriores na Câmara pela luta contra o casamento de homossexuais e o aborto.
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