O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), criticou ontem em Araraquara, interior de São Paulo, a excessiva edição de medidas provisórias pelo governo federal e disse que a Casa não será ''o supositório do Poder Executivo''.
- Limitaremos a edição dessas medidas, não para inibir a competência do Poder Executivo, mas para desobstruir a delegação que o povo deu ao parlamentares, que terão a restauração da sua independência e do seu poder. A Câmara dos Deputados não vai ser apenas o supositório do Poder Executivo. Os deputados podiam ter uma maior atuação, mas essas medidas empatam o trabalho - disse.
A declaração foi feita durante evento no Sesc (Serviço Social do Comércio), que reuniu empresários, parlamentares e representantes da prefeitura para discutir a MP 232, que muda a cobrança das empresas de impostos como o Imposto de Renda e a CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Líquido).
No evento, Severino reafirmou ser contrário à MP 232 e disse que vai fazer o possível para derrubar a medida, que chamou de ''famigerada''. Segundo ele, a MP deve ser votada no dia 29. Severino também disse que o deputado Ciro Nogueira Lima Filho (PP-PI), segundo vice-presidente da Câmara, é o nome ideal para ocupar o ministério que deverá ser destinado ao partido na reforma ministerial.
O nome preferido pelo governo Lula para ocupar o cargo é o do deputado federal Pedro Henry (PP-MT), mas o partido já acenou com a possibilidade de indicar o diretor do Instituto de Resseguros do Brasil, Luiz Eduardo Pereira de Lucena.
- O deputado Ciro é um bom nome para o Ministério das Comunicações - completou Severino.
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