O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou oficialmente, há pouco, a decisão do governo de não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Palocci, que conversou sobre o assunto com o presidente Lula hoje de manhã, disse que a atual situação da economia brasileira permite antever que não haverá necessidade de retomar o acordo. Ele ressaltou, entretanto, que, mesmo como "aprendiz em política", acha que nunca se deve dizer que jamais será preciso.
O acordo com o FMI vence no próximo dia 31 e, há 15 meses, o Brasil não faz qualquer saque dos US$ 41 bilhões previstos. Desde 2002, quando o acordo foi assinado, foram sacados deste total US$ 26,3 bilhões para compor as reservas internacionais. Em entrevista coletiva, Palocci afirmou que a decisão de não renovar o acordo, que desde o princípio, foi assinado em caráter preventivo, foi amadurecida nos últimos meses.
Na opinião do ministro, o ano eleitoral em 2006 não deverá causar turbulências capazes de afetar a economia do país. Para ele, o país já amadureceu bastante e o importante é não cometer os mesmos erros do passado, pois o Brasil vem aprendendo exatamente com os erros que foram cometidos.
Palocci informou que o governo pretende divulgar os resultados e as metas da economia a cada quadrimestre. De acordo com o ministro, no momento, a meta de 4,25% de superávit primário é factível e compatível com a saúde da economia. O ministro disse também que o Brasil vai continuar seus entendimentos com o FMI, como um dos países que o fundaram, assim como com o Banco Mundial e o Banco Intermaricano de Desenvolvimento (BID).
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