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O atacante Grafite, do São Paulo, admitiu que aceita o pedido de desculpas de Leandro Desábato, do Quilmes, mas prometeu que não irá retirar a queixa após ter sido ofendido com frases racistas em campo em partida válida pela Copa Libertadores.
"É uma situação chata, delicada e constrangedora. Eu até aceito um pedido desculpas dele, mas não irei retirar a queixa", declarou Grafite.
O atacante do São Paulo declarou que tinha de reagir aos insultos sofridos por Desábato, porém revelou que se sentiu um pouco constrangido com a prisão do jogador argentino.
"Ele é um jogador que tem família, esposa, filhos, mas paciência. Cabia a mim como cidadão tomar uma atitude e procurei os meus direitos. Agora deixo para a Justiça fazer o seu trabalho", comentou.
Grafite declarou que procurará a Justiça novamente, caso seja ofendido em campo por jogadores adversários. O jogador espera que essa atitude seja um "pontapé" para o fim do racismo no futebol.
"Pode até ser um pontapé inicial. Mas não adianta apenas uma equipe fazer alguma coisa. É necessário que os torcedores e todos os envolvidos se conscientizem, não só no Brasil, como no mundo todo", completou.
Grafite pediu desculpas aos seus companheiros de São Paulo por ter sido expulso, no final do primeiro tempo, após reagir aos insultos. A equipe tricolor venceu a partida por 3 a 1.
"No vestiário, eu pedi desculpa para todos, porque prejudiquei a minha equipe. Depois esfriei a minha cabeça e decidi procurar os meus direitos", comentou Grafite.
Desábato ficou preso durante a noite no 34º Distrito Policial, no bairro do Morumbi, em São Paulo, mas será solto após o pagamento de R$ 10 mil de fiança.
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