Parreira completa 100 jogos e luta pela classificação

 

Esporte - 19/06/2005 - 11:05:20

 

Parreira completa 100 jogos e luta pela classificação

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A consagrada trajetória de Carlos Alberto Parreira ganha mais um capítulo neste domingo. Contra o México, às 15h45 (de Brasília), pela Copa das Confederações, o técnico completará seu 100º jogo à frente da Seleção Brasileira. Uma marca especial, que pode ganhar um sabor ainda maior se a equipe triunfar hoje e garantir a classificação para as semifinais do torneio. Ontem, ao ser informado sobre a centésima partida, Parreira ficou surpreso. "Se eu não fosse avisado, seria apenas um jogo a mais. Mas agora passou a ser importante, é um motivo de orgulho", disse ele, que quer mesmo é a vitória para avançar no torneio. "Ganhando, estaremos nas semifinais." Para chegar ao 100º jogo na Seleção, Parreira deu seus primeiros passos no futebol há 38 anos, quando começou a trabalhar no São Cristóvão, do Rio. Como preparador físico, foi campeão mundial em 1970 e na época nem imaginava exercer a função que hoje ocupa. "Meu sonho era ser preparador físico. Não pensava em ser treinador. Por isso, passado todo esse tempo, depois dos títulos que consegui e de todo esse reconhecimento, saber que vou atingir essa marca (de 100 jogos) só pode me deixar muito orgulhoso", afirmou. Sua história como técnico da Seleção teve início em 1983, um período conturbado após a decepção da equipe brasileira no Mundial do ano anterior. Além disso, Parreira assumiu o cargo como quase um desconhecido de grande parte da torcida, já que havia ficado oito anos fora do País. "Olhando para trás, constato que não foi mesmo o melhor momento para dirigir a Seleção. Tinha vindo do Kuwait, estava sem contato e há muito tempo sem viver o ambiente do futebol brasileiro, sem conhecer os jogadores", disse. O fim da primeira "Era Parreira" foi em novembro de 1983, quando o Brasil foi eliminado da Copa América pelo Uruguai. "A resistência ao meu trabalho aumentou, a melhor solução foi sair." O técnico então passou a percorrer um longo caminho, brilhando no Fluminense (campeão brasileiro de 1984) e Emirados Árabes (classificado para o Mundial de 1990). Em 1991, conduziu o modesto Bragantino ao vice-campeonato Paulista e recebeu o convite para voltar à Seleção. A segunda etapa da "Era Parreira" começou em 30 de outubro daquele ano, com a vitória de 3 a 1 sobre a Iugoslávia, em um amistoso, e alcançou o auge em 1994, no triunfo dos pênaltis sobre a Itália, no Mundial de 1994. O tetracampeonato mundial foi uma resposta a seus críticos, que o chamavam de retranqueiro. "Nenhum treinador passou, nem vai passar, tenho certeza, por tudo aquilo que aconteceu comigo. Foi um verdadeiro massacre, chegou a ser desumano. Mas valeu a pena, por isso a conquista do tetracampeonato foi tão importante, emocionante mesmo." Com a missão cumprida, Parreira deixou a Seleção e voltou para os clubes. Passou pelo futebol espanhol e turco antes de assumir o Corinthians, time com o qual foi campeão paulista, da Copa do Brasil e vice brasileiro em 2002. A Seleção, entretanto, era o caminho da volta. Mas o convite só foi aceito depois de insistentes pedidos do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e dos amigos Zagallo e Américo Faria. "Eles me convenceram. Aceitei o convite e o desafio de levar o Brasil ao hexacampeonato." Agora, com a classificação para o Mundial de 2006 virtualmente garantida, bem diferente da caminhada para o de 1994, tudo poderia ser mais tranqüilo, mas Parreira vê ainda mais cobrança. "Eu diria que a responsabilidade dessa vez é ainda maior. Afinal de contas, estou dirigindo a Seleção que é pentacampeã. Se for hexa, é o que todos esperam, será natural. Se não for, as críticas virão pesadas de novo." Até lá, Parreira somará mais alguns jogos pela Seleção e se aproximará do recordista Zagallo, que dirigiu a Seleção 136 vezes. "Não quero pensar nisso. Chegar aos 100 jogos, e só perder para o meu amigo Zagallo, um símbolo do futebol brasileiro, já é motivo de orgulho." Confira os números de Parreira na Seleção: - 1983: 14 jogos - 5 vitórias - 7 empates - 2 derrotas - 1991/94: 47 jogos - 28 vitórias - 14 empates - 5 derrotas - 2003/05: 38 jogos - 19 vitórias - 14 empates - 5 derrotas - Total: 99 jogos - 52 vitórias - 35 empates - 12 derrotas

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