O sub-relator da sistematização de documentos e controle das investigações da CPI Mista dos Correios, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), defendeu há pouco a mudança de foco das investigações da comissão depois do depoimento do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha do PT nas últimas eleições.
Nesta nova fase, considera o deputado, é importante que os parlamentares façam o rastreamento e descubram a origem dos recursos que teriam sido pagos no exterior pelo PT ao publicitário, por meio do empresário Marcos Valério. "Precisamos apurar que depósitos foram esses e rastrear todas as informações desse caixa dois internacional. Até agora, só sabíamos do caixa dois do Brasil", disse Sampaio, que participa neste momento de reunião entre integrantes da comissão e a secretária nacional de Justiça, Cláudia Chagas.
Sampaio defendeu ainda a investigação da atuação dos fundos de pensão, de onde viria, segundo ele, parte do dinheiro utilizado no esquema e a restrição dos novos depoimentos a pessoas que estariam "no comando do esquema". Ele citou o deputado José Dirceu (PT-SP) e o coordenador do Núcleo de Assuntos Estratégicos do governo, Luiz Gushiken, como dois dos principais depoimentos a serem tomados.
Crimes
O sub-relator de movimentação financeira, Gustavo Fruet (PSDB-PR), também presente ao encontro com a secretária de Justiça, afirmou que Duda Mendonça revelou a caracterização de novas irregularidades além do crime eleitoral: "Foram caracterizados os crimes de lavagem de dinheiro, de sonegação fiscal e contra o sistema financeiro", listou. Esses crimes, acrescentou Fruet, pedem a atuação do Ministério da Justiça e motivaram a reunião com Cláudia Chagas.
|