Doleiro quer acordo com Justiça antes de ir à CPI

 

Politica - 16/08/2005 - 17:02:57

 

Doleiro quer acordo com Justiça antes de ir à CPI

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, condicionou seu depoimento à CPI dos Correios a um acordo prévio com o Ministério Público. Toninho quer ser beneficiado da delação premiada, um mecanismo que garante a redução da pena em troca de informações que interessem à investigação. "Infelizmente, antes desse prévio acordo com o Ministério Público ele não vai ter condições de falar", disse a jornalistas nesta terça-feira seu advogado, Ricardo Sayeg, na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil. A afirmação foi feita antes de conversa entre integrantes da CPI dos Correios e o doleiro. Os parlamentares viajaram de Brasília a São Paulo para ouvir Barcelona, que teria revelações a fazer sobre supostas movimentações financeiras que o PT teria realizado no exterior. O doleiro foi escoltado por um forte esquema de segurança, desde o presídio de Avaré, no interior paulista, onde cumpre pena, até a delgacia. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), integrante da CPI dos Correios, lembrou que o depoimento não é oficial. "Será um direito dele (não dar informações). Não é um depoimento oficial. Será frustrante da nossa parte, porque acho que ele teria muito a falar", disse, ao defender que o depoimento fosse aberto. Toninho da Barcelona cumpre pena em Avaré (SP) por evasão de divisas e foi trazido a São Paulo para o encontro com os integrantes da CPI. Segundo a última edição da revista Veja, Toninho teria afirmado afirma que o PT envia dinheiro ao exterior desde a primeira campanha de Lula, em 1989. O doleiro teria mandado dizer em cartas e contatos com sua família e advogados que está disposto a depor na CPI dos Correios para contar o que sabe sobre as remessas clandestinas de recursos que realizou durante anos para políticos e partidos, entre eles o PT. Segundo Toninho, as remessas feitas para o PT teriam se multiplicado na década de 90, concentrando-se em duas instituições: no Trade Link Bank, instituição ligada ao Banco Rural nas Ilhas Cayman, e numa empresa offshore criada no Panamá, que também funciona como um paraíso fiscal.

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