O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou positivamente o "teste de normalidade" a que se submeteu na manhã desta quarta-feira, no desfile cívico-militar de 7 de setembro. As manifestações de crítica ao governo foram registradas "com naturalidade democrática", segundo um auxiliar direto de Lula. Alguns manifestantes levaram faixa com a palavra "impeachment" e mulheres de militares fizeram protesto contra os soldos.
O desfile deste ano atraiu um público calculado pelos organizadores entre 25 e 30 mil pessoas, contra mais de 50 mil ano passado. A fonte do Palácio do Planalto destacou que o presidente recebeu aplausos dos convidados e do público e, principalmente, que não houve uma vaia generalizada, como temiam alguns auxiliares.
"Houve respeito às instituições, ao desfile e à democracia", disse a fonte. "Não houve mobilização partidária, nem de governistas nem da oposição", resumiu o deputado Paulo Delgado (PT-MG), um dos poucos parlamentares da base aliada que estavam no palanque oficial. "Os patriotas vieram ao desfile, como sempre, e o público comum também".
Segundo uma fonte da Reuters no Palácio do Planalto, não houve mobilização de militantes do PT para aplaudir o presidente - o que tem ocorrido em algumas viagens de Lula pelo País nos últimos meses.
O desfile deste ano teve duração de duas horas e dez minutos e a primeira hora foi totalmente reservada à apresentação de civis. No ano passado o desfile durou mais de três horas, o que provocou reclamações do público e de autoridades.
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