Um dos homens presos pelo assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) afirmou ter cometido o crime por R$ 1 milhão. O valor havia sido prometido pelo empresário Sérgio Gomes da Silva, acusado de ser um dos mandantes. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o homem mudou o seu depoimento, feito ontem, com a promessa de delação premiada - se as informações ajudarem na investigação, pode ter a sua pena reduzida. Seu nome está sendo mantido em sigilo.
Em agosto de 2005, o preso mandou uma carta para Gomes da Silva e para o advogado do empresário, Roberto Podval, cobrando o valor de R$ 1 milhão. "Você nos contratou para pegar o prefeito Celso Daniel, para arrancar os documentos que estavam com ele e, depois, eliminar o mesmo. Nós fizemos o que você mandou no dia certo", escreveu, de acordo com o jornal.
Podval classificou a declaração como "pífia" e sem sentido. Em 2003, o preso havia dito que desconhecia Gomes da Silva e negado participação no crime.
Segundo mandante
Os promotores que investigam o assassinato de Celso Daniel acreditam que há mais um mandante para o crime além do empresário. Ontem, o preso confessou que a ordem para matar o prefeito veio de Campinas. Naquele dia, Gomes da Silva, também chamado de Sombra, não se encontrava na cidade.
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