O árbitro Paulo José Danelon, acusado de participar do escândalo de arbitragem que envolve a manipulação de resultados de jogos de futebol, poderá ter a sua prisão preventiva decretada nesta segunda-feira pela Justiça paulista.
Antes de chegar ao nome de Danelon, a Polícia Federal já havia detido, na madrugada do último sábado, o árbitro Fifa Edilson Pereira de Carvalho, que permanece na Superintendência da PF em São Paulo. Ele optou pela delação premiada em troca de uma pena mais branda e resolveu colaborar com as apurações, revelando mais detalhes do esquema.
A expectativa da PF e do Ministério Público é de que outros nomes de envolvidos na fraude surjam nos próximos dias. Isso pode ocorrer ainda hoje, quando depõe o empresário de jogos eletrônicos Nagib Fayad, apontado como o chefe da quadrilha, também preso no último sábado.
De acordo com a promotoria, ambos deverão ficar detidos no mínimo até a próxima quinta-feira, quando expira o prazo da prisão temporária. Até lá, se espera, eles devem dar mais detalhes do suposto esquema. O Ministério Público descarta o envolvimento de jogadores e dirigentes nas irregularidades.
A atuação dos árbitros beneficiaria uma quadrilha de apostadores, que, com a manipulação dos resultados, garantia ganhos milionários em sites de jogos na Internet.
Danelon apitou quatro jogos da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano: Paulista 4 x 0 Guarani, Portuguesa 0 x 4 Ituano, Guarani 2 x 1 Santo André e Ituano 2 x 1 Marília.
Dos clubes em questão - Guarani, Portuguesa, Ituano, Santo André e Marília disputam a segunda fase do Brasileiro da Série B. Caso ocorra a anulação de algum desses jogos, o Guarani corre o risco de ficar fora da fase final, enquanto o Paulista poderá ser rebaixado para a Série C.
|