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O presidente nacional do PMDB e candidato à Presidência da Câmara, Michel Temer, está articulando uma coalização de centro que represente uma "terceira via" capaz de vencer o governista Aldo Rebelo (PCdoB-SP) nas eleições para o comando da Casa. Até amanhã, o peemedebista espera fechar um acordo com pelo menos outros três candidatos - João Caldas (PL-AL), Luiz Antônio Fleury (PTB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI) em torno de uma candidatura que se supõe "imbatível" ao menos na teoria, uma vez que os quatro partidos, juntos, somam 231 deputados federais (para vencer, é necessário somar mais da metade dos votos válidos, com quórum mínimo de 257 parlamentares.
Essa conta, porém, não deve fechar porque cerca de 40 parlamentares da ala governista do PMDB estariam dispostos a apoiar Rebelo, seguindo orientação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que preferiu aderir ao Planalto em vez de apoiar o candidato de seu partido, como tinha sinalizado de início. A intenção de Temer seria encabeçar essa chapa, supostamente uma opção neutra face à atual crise política. Mas que reuniria PTB, PP e PL - três siglas diretamente vinculadas ao escândalo do "mensalão".
Contrariando, ao menos até agora, a expectativa de renunciar à candidatura por conta da posição de Calheiros, Michel Temer se move em várias frentes. Ao mesmo tempo em que tenta o apoio de parte do "baixo clero" herdeiro do ex-presidente Severino Cavalcanti, o peemedebista já negocia uma aliança em eventual segundo turno com o oposicionista José Thomaz Nonô (PFL-AL), que atualmente preside a Câmara.
Ambos se reuniram ontem e discutiram a possibilidade de apoiarem quem deles eventualmente passar ao segundo turno, enfrentando Rebelo. Temer deixou a reunião confiante em um acordo com Nonô, primeiro-vice-presidente eleito na gestão de Severino. "Com o Nonô, eu tive a oportunidade de conversar sobre uma possibilidade de apoio no segundo turno. Seja ele ou eu, a Câmara estará bem representada", disse o presidente do PMDB, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Porém Nonô foi mais comedido e garantiu ser "ainda muito cedo" discutir o assunto.
à presidência da Câmara, a fim de enfrentar o governista Aldo Rebelo (PCdoB-SP), apoiado pelo governo federal e pelo peemedebista e presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). Temer está negociando uma "terceira via" junto com outros três candidatos de "centro
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