O PT acusou neste sábado parte da imprensa brasileira de atuar com parcialidade na cobertura da crise que atinge o partido e o governo e de trabalhar para que a oposição liderada por PSDB e PFL seja eleita em 2006. Em resolução aprovada pelo Diretório Nacional sobre a conjuntura política, o PT diz que a imprensa "cumpre um papel importante na democracia" e que não pode e não deve sofrer qualquer censura. Mas, em seguida, dispara: "Boa parte da imprensa não está somente interessada em combater 'desvios éticos': tem sobretudo o propósito de 'absolver', previamente à campanha eleitoral, o governo tucano-pefelista, que representou na história do país interesses mais mesquinhos da modernização conservadora".
O PT reconhece em diferentes pontos do documento que cometeu "falhas", "desvios éticos" e até "ilegalidades" e que críticas são justas. Mas afirma que "por dentro das informações sobre os acontecimentos" há uma tentativa de fulminar o projeto do PT para eliminar a legenda da cena política.
Para o partido, "uma campanha tão caluniosa, tão virulenta e tão sistemática contra uma comunidade partidária" não tem precedentes no Brasil e só se comprara à sofrida pelo Partido Comunista do Brasil antes do golpe militar de 1964.
O texto ainda ataca o que chama de forças conservadoras contrárias ao partido a ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que a oposição trata de mascarar a corrupção sistêmica que vem sendo combatida agora pela Polícia Federal.
"No tocante ao mascaramento, basta verificar os 'desvios' de investigação que a oposição tucano-pefelista promove nas CPIs, quando as provas se originam das fontes das origens das ilegalidades ocorridas nos financiamentos das campanhas de seus partidos."
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