Durante uma acareação na CPI do Mensalão, nesta quinta-feira, o deputado Moroni Torgan (PFL-CE) defendeu que haja uma representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devido ao uso de caixa dois durante a campanha eleitoral de 2002. Na acareação, o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, reafirmou que pagou dívidas da campanha do segundo turno de 2002 com recursos do empresário Marcos Valério de Souza, repassados a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
"Os três dizem que mandaram dinheiro para pagar contas de campanha do presidente. Se fosse um deputado, haveria a representação no Conselho de Ética contra ele. Caixa dois vale para o deputado mas não vale para o presidente?", argumentou Torgan.
"Deputados nós punimos, e o presidente, vamos passar a mão na cabeça? Estamos pensado pequeno. Se o dinheiro é ilícito para o deputado é ilícito para o presidente. Nós temos que representar contra o presidente", acrescentou.
O PL fazia parte da coligação do então candidato Lula, que tinha como candidato a vice José Alencar, então filiado ao partido.
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