Relatório da Controladoria-Geral da União, CGU, complica situação de Gushiken

 

Politica - 07/11/2005 - 14:54:43

 

Relatório da Controladoria-Geral da União, CGU, complica situação de Gushiken

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), enviada sexta-feira, dia 4, à CPI dos Correios, aponta prejuízos de aproximadamente R$ 2,5 milhões em contratos publicitários supostamente superfaturados da estatal. Segundo os auditores afirmam no relatório, a contratação de serviços pelos Corrreios gerou despesas "adicionais e desnecessárias" durante a gestão do ex-ministro Luiz Gushiken, que comandava a Secretaria de Comunicação de Governo (Secom) no período da assinatura dos contratos. A avaliação da CGU complica a situação de Gushiken, hoje coordenador do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência. As conclusões da Controladoria-Geral da União também apontam indícios de interferências da Secom para supostamente beneficiar determinadas empresas durante as licitações. Os técnicos recomendam a abertura de inquérito administrativo para identificar os responsáveis. Dentre as "interferências" estaria a redução do valor do patrimônio líquido das empresas concorrentes, de R$ 3 milhões para R$ 1,8 milhão - o que teria favorecido a agência SMP&B, do empresário Marcos Valério, acusado de operar esquema ilegal de captação de recursos para o PT e partidos aliados. Para os auditores, a mudança do critério seria injustificada. Segundo a CGU, boa parte dos alegados prejuízos se concentra nesse único contrato, firmado em 5 de fevereiro de 2003, no valor total de R$ 72 milhões. Os auditores concluíram que o mesmo, efetuado com as agências SMP&B, Link Bagg Propaganda, de Salvador, e Giovanni FCB, do Rio, geraram superfaturamento de R$ 567 mil. "A ocorrência da sistemática de contratação, pela ECT, implicou pagamentos desnecessários de honorários às agências, acarretando à administração dispêndios financeiros caracterizados como antieconômicos" O relatório agrava a situação de Gushiken um dia após a CPI envolver, de forma indireta, o ex-ministro em outra acusação. Anteontem, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR),afirmou que contratos de publicidade da Visanet (subsidiária do Banco do Brasil) firmados com o empresário Marcos Valério serviram de fachada para desvio de cerca de R$ 10 milhões para abastecer o caixa dois do PT e partidos aliados do governo.

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