O secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, anunciou nesta segunda-feira que deixará o cargo no dia 31 de janeiro para se dedicar exclusivamente à pré-canditadura para a Presidência da República pelo PMDB, cujas prévias possivelmente ocorrerão em 5 de março (a data ainda está indefinida). Garotinho, que tinha até o final de março para sair, afirma que irá percorrer os Estados para "desfazer a onda de boatos" contra ele, promovida "por um pequeno grupo que quer empurrar o partido para os braços do PT".
Atual integrante da base aliada do governo, o PMDB ainda não se decidiu sobre a possibilidade de candidatura própria, enquanto é sondado pelo PT e o Planalto para compor uma aliança no próximo pleito. O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, são os adversários na disputa interna com Garotinho. Rigotto confirmou na segunda-feira, durante a feira de calçados Couromoda, na capital paulista, o que já tinha antecipado: deixará o cargo para concorrer nas prévias.
O ex-governador do Rio Antonhy Garotinho não será o único secretário a deixar a administração de sua mulher, a governadora Rosinha Matheus. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ao menos dez outros membros do primeiro escalão vão sair dos cargos, a fim de se habilitarem às eleições deste ano. A reforma do secretariado estava prevista para o final do ano passado, mas foi adiada. Garotinho já tinha declarado que sairia até a data-limite para a desincompatibilização, mas resolveu ganhar tempo, com o objetivo de buscar apoio.
Crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, o peemedebista pretende iniciar uma maratona para convencer as principais lideranças do partido de que é o melhor nome para tentar a Presidência. Segundo ele próprio, o principal concorrente no PMDB é Rigotto. Quanto a Jobim, Anthony Garotinho aposta que ele não disputará as prévias.
Garotinho defende que as prévias sejam adiadas para 19 de março e rejeita a realização das mesmas em maio, como parte da ala governista do PMDB defende.
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