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A Polícia Federal (PF) está se articulando com serviços de inteligência de outros países, e, nesta semana, participou de uma das ações da maior rede simultânea de combate internacional contra uma rede de pedofilia, com ramificações em mais de 30 países, segundo informou o delegado Adalto Martins, da unidade de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal.
O coordenador do Comitê Gestor de Segurança da Informação do Ministério da Justiça, o perito criminal Jorilson Rodrigues, disse que a criação e a popularização da Internet no Brasil e no mundo fizeram surgir novos crimes, como invasão de computadores, criação de comunidades virtuais para fazer apologia ao uso de drogas e envio de vírus de computador por e-mail, além da pornografia infantil, que ganhou impulso graças à Internet. "A rede mundial de computadores contribuiu não só para o surgimento de novos crimes como também ampliou a dimensão de delitos tradicionais", afirmou.
Investigações
Segundo o delegado de Crimes Cibernéticos, a PF tem se dedicado a investigar crimes de pedofilia, de apologia ao uso de drogas e de envio de vírus de computador por e-mail - vírus capaz, inclusive, de capturar números de conta bancária e senha dos usuários. Na semana anterior, a PF desarticulou uma organização criminosa que agia em oito Estados com a instalação do vírus conhecido como "cavalo de tróia" e que desviara mais de R$ 10 milhões de contas bancárias.
Nesta semana, 67 pessoas foram presas por pornografia infantil na internet em 23 países. A operação mundial, batizada de Azahar, foi coordenada pela Espanha. No Brasil, foram realizadas 30 buscas em 11 Estados, mas ninguém foi preso ainda. O resultado da operação foi divulgado na sexta-feira pelo ministério do Interior espanhol. Há mais de 146 suspeitos em todo o mundo. Ao todo, 479 buscas em residências foram feitas e 428 computadores apreendidos.
No Brasil, as buscas foram feitas nos seguintes Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Sergipe, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais. A Polícia Federal informa que as investigações agora entram em uma segunda fase, a perícia nos computadores, drives , HDs, Fitas VHS e disquetes apreendidos.
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