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O São Paulo venceu o Corinthians por 2 a 1 neste domingo, no Morumbi, e alcançou o maior período de invencibilidade no confronto contra o rival alvinegro.No clássico, válido pela 14ª do Campeonato Paulista, o time tricolor completou dez jogos sem derrotas para a equipe do Parque São Jorge.
A última vitória do Corinthians aconteceu na final do Paulista de 2003, no dia 22 de março, por 3 a 2.
O maior período, até então, foi entre 14 de fevereiro de 1985 e 28 de fevereiro de 1988. Foram quatro vitórias seis empates, num intervalo de três anos e 14 dias.
O resultado também fez com que o técnico Antônio Lopes pedisse demissão do comando do time corintiano.
Lopes é o 13º técnico a cair após um confronto contra o São Paulo. No total. Dos últimos cinco treinadores corintianos, quatro caíram depois de uma derrota para o rival.
No jogo deste domingo, Danilo e André Dias fizeram os gols são-paulinos. Nilmar fez o gol corintiano, chegando a 17 no campeonato e abrindo uma vantagem de oito gols na artilharia - o segundo é Marcos Aurélio, do Bragantino, com nove.
Rogério Ceni ainda defendeu um pênalti, cobrando por Rafael Moura, quando o jogo ainda estava 2 a 0.
Com a vitória, o São Paulo foi a 29 pontos e é o vice-líder da competição. O Corinthians permanece na quarta posição, com 25, e viu diminuir ainda mais suas chances de ser campeão.
Se o São Paulo mantém-se vivo na disputa do título (é o segundo colocado com 29 pontos, dois a menos que o líder Santos), o Corinthians vê cada vez mais distante a chance de tentar voltar a vencer o Estadual. Com cinco rodadas para o término, o time do Parque São Jorge está em quinto, a seis de distância da liderança.
O jogo
O que se viu no primeiro tempo foi um São Paulo aplicado na marcação e um Corinthians que dava espaços e oferecia pouco perigo.
O resultado disso foi uma supremacia são-paulina e um Corinthians recuado, sem forças para conseguir sair de seu campo e chegar com qualquer perigo ao gol. O primeiro chute a gol saiu aos 42min, quando o volante Marcelo Mattos isolou a bola e nem ofereceu perigo a Rogério Ceni.
Não demorou muito para que o São Paulo chegasse com perigo ao gol de Johnny Herrera. Mostrando deficiências em defender chutes de fora da área, o chileno deu dois sustos nos torcedores.
Aos 14min, por exemplo, o ala Richarlysson arriscou de fora da área e Herrera espalmou de maneira bisonha, forçando o zagueiro Betão a se desesperar para tirar a bola quase em cima da linha.
Dez minutos depois, o volante Mineiro também tentou de fora da área e o goleiro espalmou quase nos pés dos atacantes são-paulinos. Mais uma vez foi a vez de Betão salvar.
O gol era questão de tempo e aí surgiu a estrela de Danilo. O meia são-paulino que fez seu terceiro gol em cima do Corinthians e o quinto em clássicos paulistas.
Aos 29min, depois de cobrança de falta cobrada por Richarlyson, a bola passou por nove jogadores que estavam na área e sobrou para Edcarlos. O zagueiro teve tempo para dominar a bola, levantar a cabeça e servir Danilo, que ainda girou em cima de Rafael Moura e chutou para o gol. Antes da bola tocar no travessão e entrar no ângulo de Johnny Herrera, ela tocou no zagueiro Marcus Vinícius tirando o chileno da jogada.
A partir do gol, o Corinthians até conseguiu trocar mais passes e adiantar um pouco a marcação, mas não foi suficiente para conseguir a boa marcação são-paulina.
No segundo tempo, o Corinthians até esboçou uma reação logo no início com Nilmar, mas levou um balde de água fria com o gol do zagueiro André Dias.
Depois de cobrança de escanteio de Richarlyson, o zagueiro subiu mais que todos e no alto ganhou de Herrera, que subiu com os braços esticados para fazer a defesa, e cabeceou para comemorar o gol.
Aos 11min, o técnico Antônio Lopes colocou o meia Roger e o volante Renato em campo e um minuto depois o Corinthians conseguiu um pênalti com Nilmar.
Depois de muita demora, o pênalti foi batido e o torcedor são-paulino viu se repetir a cena do último confronto entre as duas equipes no Campeonato Paulista.
Rafael Moura, vice-artilheiro do time, foi para cobrança e desperdiçou. Rogério Ceni, que se adiantou, não só defendeu a penalidade como segurou o rebote de Nilmar. Depois de muito bate-rebate na área, a Bola sobrou para Rafael Moura que acabou desarmado.
A chance de diminuir o placar deu gás para o São Paulo que voltou com toda a carga ao ataque. Souza, aos 18min, recebeu passe de Danilo, mas a bola passou por cima do gol de Herrera.
Cinco minutos depois, Thiago fez grande jogada pela direita. Ele recebeu passe de Danilo, deu um lindo corte em Betão e arrematou para o gol. A bola, infelizmente para os tricolores, e felizmente para os corintianos, bateu na rede do lado de fora.
Quando tudo parecia perdido, o Corinthians, ou melhor, Nilmar, resolveu levar o time nas costas. Além de ter sofrido o pênalti perdido por Rafael Moura, ele fez dois gols. Um foi corretamente anulado, mas o segundo foi bonito.
Aos 30min, Rosinei lançou Roger que com um toque achou Nilmar. Ele saiu da marcação de Alex e sozinho encobriu Ceni e anotou seu 17º gol no Paulista.
A partir de então o São Paulo, que só administrava o resultado passou a sofrer pressão corintiana. Pressão essa que se limitava a troca de passes ao redor da área, já que a defesa são-paulina conseguia se impor no campo defensivo e ainda criava perigo em contra-ataque.
Sem conseguir chutar a gol, o São Paulo conseguiu se segurar lá atrás e conquistou mais três pontos, necessários para ainda se manter na briga pelo título do Campeonato Paulista.
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