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O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse nesta quinta-feira que subscreverá todas as providências a serem adotadas pela CPI dos Bingos para obter do Supremo Tribunal Federal (STF) a garantia da continuação das investigações. Uma liminar do ministro do STF Cezar Peluso suspendeu nesta tarde o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, que fez acusações contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.A interferência de Renan foi pedida pelo presidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB), em plenário, para contestar a liminar e garantir a continuação dos trabalhos de investigação da comissão. Efraim informou que vai fazer um recurso ao STF contra a liminar para que prossiga o depoimento do caseiro, que foi suspenso.
"Se for necessário subscrever o recurso, subscreverei, no cumprimento do meu dever", afirmou Renan. O senador disse também que, se for necessário encaminhar o recurso ao STF, vai encaminhá-lo sem nenhum problema.
"É lamentável essa liminar. Queria lamentar que essas coisas acontecessem", afirmou Renan. "Tensões entre os poderes são normais e fazem parte da democracia, mas, na presidência do Senado, estarei aqui para defender a instituição", acrescentou o senador, lembrando que a instalação da CPI dos Bingos foi por decisão do STF e que, naquele momento, a comissão foi instalada sem contestação.
A senador Ideli Salvatti (PT-SC) aplaudiu a liminar do STF, ao afirmar que a decisão do ministro Cezar Peluso foi baseada em um dispositivo constitucional que diz que a CPI tem de tomar depoimentos de acordo com o fato determinado para sua criação, ou seja, o objeto proposto na investigação inicial. Para a sendadora, o depoimento do caseiro não estava dentro do fato determinado para as investigações da CPI dos Bingos.
O líder do PFL, senador José Agripino (RN), condenou a atitude dos parlamentares que entraram com o pedido e conseguiram a liminar para suspender o depoimento do caseiro na CPI dos Bingos. "Esta quinta-feira foi um dia de cão", desbafou Agripino.
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