O emprego industrial no Brasil caiu pelo quinto mês consecutivo, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de trabalhadores empregados no setor em janeiro apresentou queda de 1,3% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2005, acumulando perda de 0,7% nos últimos 12 meses e acentuando a redução observada no último trimestre de 2005 (-0,8%), frente a igual período de 2004.
Na comparação com dezembro, o número de empregos na indústria ficou estável em janeiro, depois de três meses consecutivos de queda. Com isso, nos últimos 3 meses o emprego industrial recuou 1,2%.
Os salários também apresentaram queda em janeiro, na comparação com janeiro de 2005, com redução de 0,2%. Mas, na comparação com dezembro, os salários tiveram uma recuperação de 5,3%.
Mais uma vez, o Rio Grande do Sul apresentou o pior desempenho na comparação de janeiro de 2006 e janeiro de 2005, com a taxa de emprego industrial recuando 9,4%. A queda foi impulsionada por 12 segmentos, com destaque para calçados e artigos de couro (-23,4%).
Nos últimos 3 meses, o emprego industrial recuou 1,2%. Já no acumulado dos últimos 12 meses foi registrada queda de 0,7% em janeiro.
O segundo e terceiro maiores impactos negativos no total do país foram região Nordeste (-3,7%) e Paraná (-3,4%). Na indústria nordestina, 10 ramos apresentaram queda, com destaque para o grupo alimentos e bebidas, com -7,1%. No Paraná, o índice do emprego se reduziu em 11 setores, com destaque, em termos de participação, para madeira (-22,3%).
Em contrapartida, a região Norte e Centro-Oeste (5,0%) exerceu a principal contribuição positiva, em função dos aumentos observados em 12 ramos, seguida por Minas Gerais (2,1%), com aumento em nove segmentos, ambos os locais influenciados, principalmente, por alimentos e bebidas: 14,7% e 22,7%, respectivamente.
No confronto mensal, no total do país, 12 dos 18 setores apresentaram índices negativos, sendo as principais pressões no cômputo geral representadas por calçados e artigos de couro (-14,7%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e madeira (-15,6%). Em sentido contrário, destacou-se a influência positiva de alimentos e bebidas (8,0%) e, em menor medida, de meios de transporte (3,7%).
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