Entre 1996 e 2005, o Brasil cresceu em média 2,2% por ano, enquanto o resto do globo registrou expansão de 3,8%. Nesse período o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou 22,4%, enquanto o mundo cresceu 45,6%, segundo nota divulgada hoje pela Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A justificativa apontada pela nota para a contida expansão da economia brasileira foi a falta de investimentos. "O Brasil investe pouco comparativamente à média mundial, sobretudo em relação aos países emergentes da Ásia", informa o documento.
De 1995 a 2004, o volume de investimentos no Brasil representou 19,3% do PIB, taxa inferior aos 32,6% registrados nas economias emergentes da Ásia. Na média mundial, os investimentos equivaliam a 22,1% do PIB na última década.
O fraco desempenho da economia do Brasil empobreceu a população, segundo o documento. Na última década, o PIB per capita do País aumentou 0,7% ao ano, ante a média mundial de 2,6%. "Se o Brasil mantiver o atual ritmo de crescimento levará um século para conseguir dobrar a renda per capita e chegar próximo à atual renda per capita da Coréia do Sul ou de Portugal", afirma o estudo.
Em 2004, a renda per capita dos brasileiros era de US$ 8.020, equivalente a cerca de um quinto da dos norte-americanos.
Na Argentina, que enfrentou uma violenta crise financeira e política entre 2001 e 2002, o PIB per capita aumentou 2,2%. No México, a renda cresceu 2,1% e, no Chile, 2,8%.
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