O PFL deixou nas mãos do governador paulista e candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a decisão sobre o futuro papel do partido nas eleições deste ano. Nesta quinta-feira, o prefeito do Rio, César Maia, comunicou que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência."O que ele (Maia) me informou com clareza é que não disputará nenhum cargo nessa eleição", disse a jornalistas o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), após encontro com o prefeito. César Maia não falou com os jornalistas, mas seus assessores confirmaram a decisão anunciada pelo senador catarinense.
"Amanhã o prefeito recebe o governador Geraldo Alckmin para fazer uma consulta sobre o que ele prefere: o PFL lançando candidato à Presidência, que ajude a formar o segundo turno, ou se o governador prefere que haja já no primeiro turno a coligação", disse Bornhausen. "Caberá ao governador dar a última palavra."
Maia e o governador paulista irão se encontrar em um evento na manhã de sexta-feira, mas até o início da noite a assessoria do prefeito não tinha informação de alguma reunião reservada entre os dois.
Segundo Bornhausen, a preferência do PFL é pela coligação com os tucanos já no primeiro turno. Mas o partido estaria disposto a lançar um candidato no sacrifício se houver um entendimento de que isso ajudaria a impedir a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na primeira rodada.
"Estamos oferecendo um candidato que dificilmente poderia chegar ao segundo turno (...) faremos o que for melhor para nos vermos livres do segundo mandato (de Lula), que vai ser uma desgraça nacional", disse Bornahusen.
O senador salientou que este eventual candidato do PFL não seria Cesar Maia.
Em caso de coligação no primeiro turno, disse Bornhausen, o PFL vai reivindicar a escolha do candidato a vice na chapa de Alckmin.
"O perfil (do vice) deve ser examinado também pelo candidato. Ele não vai colocar nomes, mas pode dar o perfil, porque o objetivo é derrotar o Lula", disse.
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