O pré-candidato do PMDB à Presidência da República, Anthony Garotinho, admitiu nesta quinta-feira que a briga judicial com a ala governista do partido, para impedir a candidatura própria, pode chegar à convenção, marcada para junho. No entanto, ele garantiu que já prepara o contra-ataque jurídico e que a história não se repetirá, como aconteceu nas prévias, quando uma liminar do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, invalidou a votação.
"Não há outra alternativa para o partido que a candidatura própria. A verticalização só fortalece o meu objetivo. Consultei hoje aliados e descobri que, em pelo menos seis Estados, o PT não tem o apoio do PMDB como se espera para este ano".
Garotinho não quis comentar o episódio do quebra-quebra na liderança do PMDB na Câmara, nesta madrugada, que envolveu partidários a favor de sua candidatura e um grupo ligado à ala governista, no impasse sobre indicações para as presidências das comissões da Casa.
Para explicar que a sua candidatura é mais viável, Garotinho lembrou que, nas últimas eleições, ao apoiar a candidatura de José Serra, o partido perdeu muitos deputados e enfraqueceu a bancada. "Se este ano a legenda não tiver candidato próprio corre o risco de encolher em 30% a bancada de deputados federais".
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