O caseiro Francenildo Santos Costa deverá comparecer novamente ao Senado, na próxima terça ou quarta-feira. O corregedor geral da Casa, senador Romeu Tuma (PFL-SP), decidiu abrir sindicância para apurar se Francenildo esteve no gabinete de algum senador antes do prestar depoimento, no último dia 16, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos.
No depoimento, suspenso por força de liminar concedida pelo ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, Francenildo afirmou que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, frenqüentava uma casa alugada em Brasília alugado por Vladimir Poleto, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto. O caseiro disse também que presenciou partilha de dinheiro entre Poleto e outros ex-assessores do ministro na casa .
O pedido de abertura de sindicância foi encaminhado à Corregedoria pelo senador Almeida Lima (PSDB-SE). No requerimento, Almeida Lima indaga se o caseiro esteve em gabinetes de senadores da oposição e se foi orientado por algum parlamentar quanto ao teor de seu depoimento na CPI.
Romeu Tuma disse que a conversa com Francenildo vai se limitar aos questionamentos feitos pelo senador Almeida Lima. A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), apresentou terça-feira passada, em plenário, requerimento para que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), remetesse à Polícia Federal as gravações de vídeo da segurança interna com os percursos feitos pelo caseiro na Casa.
O requerimento causou bate-boca entre os parlamentares da oposição e não foi lido pelo presidente do Senado. Até ontem, Renan e Ideli tentavam reelaborar o texto do requerimento. "A intenção é colocar à disposição da Polícia Federal todos os instrumentos necessários para a investigação do caso", disse a senadora.
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