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A meta do governo Luiz Inácio Lula da Silva é mobilizar 100 mil alfabetizadores para, em quatro anos, ensinar cerca de 20 milhões de brasileiros a ler e a escrever. “O Programa está pronto, só falta o presidente dizer que, de fato, no dia 14 a gente lança o projeto”, afirmou o ministro, na saída da reunião com representantes do Banco Mundial (Bird) e do Ministério da Educação, realizada hoje no Edifício Corporate Center, nesta capital.
Durante o encontro, que contou com a presença do diretor do Banco Mundial para o Brasil, Vinod Thomas, Cristovam apresentou as três linhas de atuação prioritárias da sua pasta: a de erradicação do analfabetismo, a da Escola Ideal, e a da Universidade do Futuro. O ministro pediu que os membros do banco fizessem a análise crítica dos projetos. “O Banco Mundial tem uma grande experiência e pode dizer que isso é certo, isso não é certo”, explicou o ministro, destacando que a assessoria técnica é outra forma de colaboração do Bird aos projetos do MEC.
Para ministro, a experiência internacional do banco pode ajudar o Brasil a aplicar os recursos necessários à educação das crianças, de maneira racional. “Porque a Coréia conseguiu, porque Costa Rica, um país tão pequeno, conseguiu, porque Cuba, um país sem dinheiro, consegue fazer isso?”, questionou o ministro, acrescentando que, só por último, pediu o apoio financeiro do Banco Mundial. “Eu vim aqui menos para pedir recursos que para pedir assessoria”, enfatizou Cristovam.
Durante a reunião, Cristovam enumerou 18 itens necessários para a construção de uma escola ideal, entre eles professores bens remunerados e bem informados, escolas bem equipadas e conteúdo curricular relacionado com a contemporaneidade. O ministro disse que serão necessários 15 anos para implantar esse novo conceito de escola. “Não vamos implantá-la no Brasil inteiro em quatro anos, mas podemos começar”, afirmou.
No que se refere a um novo modelo de universidade, o ministro destacou a importância de as instituições de ensino superior estarem em sintonia com o século XXI, de modo a “retomar a velocidade da criação do conhecimento, que seja capaz de promover seus alunos, garantindo-lhes emprego e, sobretudo, que descubra que ao redor dela existe um povo”.
De acordo com Vinod Thomas, educação é uma das áreas de desenvolvimento humano que, para o Bird, são prioritárias. “Nesse momento, temos de US$ 1 bilhão para investir nessa área de educação. E estamos conversando para prestar não só assistência técnica, mas também financeira”, informou Thomas.
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