A saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, é inevitável e deverá ocorrer até dia 31 de março, segundo a edição online do jornal britânico Financial Times.
A publicação aconselha os investidores a serem mais cautelosos. "A posição de Palocci se tornou insustentável desde que ficou claro ao longo das últimas duas semanas que ele mentiu para uma comissão parlamentar de inquérito que investiga atos de corrupção em Brasília durante o atual governo e em Ribeirão Preto, durante o período que Palocci era prefeito", afirma o diário.
Minimizando os efeitos de uma renúncia do ministro, o jornal afirma que não haverá reação por parte dos mercados. "Ocorreram leves tremores entre os investidores na semana passada, embora nada que possa ser comparado aos ocorridos no início deste mês quando os mercados ficaram receosos que as taxas de juros nos Estados Unidos, Europa e Japão poderiam subir mais do que o esperado."
O jornal também alerta sobre a inexistência de um nome forte dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) que possa substituir Palocci no seu compromisso com a ortodoxia. "Pessoas com acesso ao presidente têm solicitado uma mudança de direção. Eles querem que 2006 seja o primeiro ano do segundo mandato de Lula", endossa o artigo.
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